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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Terceira Semana: Giezi - A tentação da impureza de intenção

Série Formação: "Tentação do Músico"

Giezi era um discípulo do profeta Eliseu. Encontramos sua história do capítulo 19 do Primeiro Livro dos Reis ao capítulo 5 do Segundo Livro dos Reis. Porém, nos deteremos no capítulo 5 de II Reis, no qual verificaremos como esse discípulo se deixou levar pela tentação.
Naamã, o chefe do exército do rei da Síria, era leproso e ficou sabendo dos grandes sinais feitos pelo profeta Eliseu. Sendo assim, dirigiu-se a esse homem de Deus para buscar a cura. Eliseu manda ao chefe do exército que se lave sete vezes no Rio Jordão para se curar. Mesmo contrariado com aquela ordem absurda e não acreditando muito nesse pedido, Naamã lavou-se e foi curado. A alegria foi tanta, que ele voltou ao profeta, oferecendo-lhe vários presentes. Apesar de sua insistência, Eliseu não aceitou as riquezas oferecidas.
Em II Reis 5,20 há um resumo do que se passava dentro do profeta Eliseu:
“Eis que meu amo poupou esse sírio, Naamã, recusando aceitar de sua mão o que ele tinha trazido.
Pela vida de Deus! Vou correr atrás dele, e obterei dele alguma coisa.”
Giezi não possuía o mesmo desapego e as mesmas intenções de seu mestre, Eliseu. A verdadeira intenção desse homem [Giezi] era obter lucros pessoais pelos serviços divinos prestados.
Naamã acreditou na mentira dita por Giezi e lhe deu dois talentos de prata e duas vestes de festa, e este guardou tudo em sua casa apresentando-se em seguida ao profeta. Deus revela a má conduta de Giezi a Eliseu e o castigo do discípulo é que ele contrai a mesma lepra de Naamã. Dessa forma, leproso, ele saiu da presença do profeta Eliseu. A punição pela impureza de intenções de Giezi foi a lepra.
Corremos o mesmo risco desse discípulo infiel [Giezi] quando queremos servir ao Senhor buscando outros interesses. Nossa intenção em servir a Deus não pode ser a de querer obter lucros com o nosso serviço e com o nosso dom.
Quando Jesus despede os apóstolos para a missão de levar o Reino de Deus a outras cidades Ele os adverte primeiro: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai” (Mateus 10,8).
A condição para servir ao Reino de Deus é dar de graça aquilo que recebemos de graça. Não pode ser nossa motivação principal nas coisas de Deus cantar ou tocar esperando recompensas pelo dom que Deus nos deu gratuitamente.
No entanto, isso é diferente, quando o grupo ou banda musical possui membros consagrados que vivem exclusivamente do canto evangelizador, pois: “o operário é digno do seu salário” (Mateus 10,10b). Mas mesmo assim, recebendo o necessário para seu sustento, o que deve motivar o grupo não pode ser os lucros materiais da apresentação, ou seja, a venda dos discos, CDs e fitas musicais, mas o desejo de levar Jesus vinte e quatro horas por dia.
Para o grupo musical que não fez consagração total para viver da música divina é melhor que não exija nada, a não ser o que lhe derem espontaneamente pelas suas apresentações, pois este corre o risco de cair na tentação de Naamã, a de colocar outros valores à frente das coisas de Deus, a tentação de servir a Deus esperando as recompensas materiais, a tentação de servir com a busca do proveito próprio e não do crescimento do Reino de Deus.
Nossa verdadeira motivação para servir a Deus deve ser o AMOR – POR AMOR A JESUS, POR AMOR À IGREJA!

Trecho extraído do Livro: "Formação Espiritual de Evangelizadores na Música" de "Roberto A. Tannus e Neusa A. de O.Tannus"

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