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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Sagrada Família

Se o Natal tiver sido ao domingo; não tendo sido assim, a Sagrada Família celebrar-se-á no domingo dentro da Oitava do Natal.
Da alocução de Paulo VI, Papa, em Nazaré, 5.1.1964:
O exemplo de Nazaré:
Nazaré é a escola em que se começa a compreender a vida de Jesus, é a escola em que se inicia o conhecimento do Evangelho. Aqui se aprende a observar, a escutar, a meditar e a penetrar o significado tão profundo e misterioso desta manifestação do Filho de Deus, tão simples, tão humilde e tão bela. Talvez se aprenda também, quase sem dar por isso, a imitá-la.
Aqui se aprende o método e o caminho que nos permitirá compreender facilmente quem é Cristo. Aqui se descobre a importância do ambiente que rodeou a sua vida, durante a sua permanência no meio de nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo o que serviu a Jesus para Se revelar ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem sentido. Aqui, nesta escola, se compreende a necessidade de ter uma disciplina espiritual, se queremos seguir os ensinamentos do Evangelho e ser discípulos de Cristo. Quanto desejaríamos voltar a ser crianças e acudir a esta humilde e sublime escola de Nazaré! Quanto desejaríamos começar de novo, junto de Maria, a adquirir a verdadeira ciência da vida e a superior sabedoria das verdades divinas!
Mas estamos aqui apenas de passagem e temos de renunciar ao desejo de continuar nesta casa o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. No entanto, não partiremos deste lugar sem termos recolhido, quase furtivamente, algumas breves lições de Nazaré.
Em primeiro lugar, uma lição de silêncio. Oh se renascesse em nós o amor do silêncio, esse admirável e indispensável hábito do espírito, tão necessário para nós, que nos vemos assaltados por tanto ruído, tanto estrépito e tantos clamores, na agitada e tumultuosa vida do nosso tempo. Silêncio de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor de uma conveniente formação, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê.
Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social.
Uma lição de trabalho. Nazaré, a casa do Filho do carpinteiro! Aqui desejaríamos compreender e celebrar a lei, severa mas redentora, do trabalho humano; restabelecer a consciência da sua dignidade, de modo que todos a sentissem; recordar aqui, sob este teto, que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que a sua liberdade e dignidade se fundamentam não só em motivos econômicos, mas também naquelas realidades que o orientam para um fim mais nobre. Daqui, finalmente, queremos saudar os trabalhadores de todo o mundo e mostrar-lhes o seu grande Modelo, o seu Irmão divino, o Profeta de todas as causas justas que lhes dizem respeito, Cristo Nosso Senhor.
João Paulo II, na Carta dirigida à família, por ocasião do Ano Internacional da Família, 1994, escreve:
A Sagrada Família é a primeira de tantas outras famílias santas. O Concílio recordou que a santidade é a vocação universal dos batizados (LG 40). Como no passado, também na nossa época não faltam testemunhas do "evangelho da família", mesmo que não sejam conhecidas nem proclamadas santas pela Igreja...
A Sagrada Família, imagem modelo de toda a família humana, ajude cada um a caminhar no espírito de Nazaré; ajude cada núcleo familiar a aprofundar a própria missão civil e eclesial, mediante a escuta da Palavra de Deus, a oração e a partilha fraterna da vida! Maria, Mãe do amor formoso, e José, Guarda e Redentor, nos acompanhem a todos com a sua incessante proteção.

Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós!

sábado, 26 de dezembro de 2009

A voz do Bom Pastor

O sentido original da música tem se perdido com o passar do tempo. Costumamos, muitas vezes, associá-la simplesmente a um desenvolvimento cultural ou a uma forma de criação relacionada à combinação de sons. No entanto, ela ocupa um espaço bem maior do que pensamos na vida do homem. A música, como as demais formas de expressão artística, é uma ponte que eleva o espírito, liga a dimensão humana à espiritual, e partindo desse "laço espiritual" podemos refletir melhor sobre sua participação na comunicação da alma humana com o Espírito de Deus.
Atualmente, sofremos de uma certa "miopia" a respeito da musicalidade do homem, que nos faz esquecer da voz interior que alimenta o poder da música que brota no coração. É triste saber que, em muitos lugares, ainda se insiste em fazer as canções saírem "da boca para fora". Nossa evangelização através da música será ineficaz se, tirando os olhos do essencial, cairmos no acidental.
A música é capaz de comunicar a vida de Deus, a única que pode gerar uma vida nova na humanidade. Ela tem um grande poder de comoção e conversão, que atrai o homem a Deus, que conforta e cura suas feridas. São muitos os testemunhos de pessoas que, através de canções cristãs, renderam-se ao Amor de Deus e hoje estão dispostas "a dar a vida por este Amor" (RVS). A música desperta sinceros desejos de mudança. Ao tornar nossa música acessível ao homem atual, sedento de esperança e de fé, temos a chance de mostrar-lhe que é possível encontrar "uma vida de verdade".
Nosso papel como "músicos evangelizadores", e antes de tudo como batizados, é o de anunciar o Bem da Palavra de Deus: Deus, que se manifesta ao mundo como Verdade, Bondade e – como diria o Papa João Paulo II – hoje, ao homem moderno, sobretudo como Beleza. Essa Palavra não apenas tem a função de se comunicar com o coração do homem, mas também a de atingi-lo e transformá-lo.
O Evangelho precisa ser anunciado com poder, e cantar a Palavra de Deus é uma maneira eficaz de realizar esse anúncio. Mas para que isso aconteça, o timbre da nossa voz precisa estar configurado ao do Bom Pastor, para que, escutando a nossa voz, as pessoas reconheçam nela a voz de Deus e sigam-nos, certos de que caminhamos para Ele.
É fundamental que aqueles que ministram a Paz de Cristo através da música estejam antes cheios dessa paz. Para cantar é preciso escutar. De fato, a música eleva o coração humano e leva-o a orar. É ouvindo e imitando, todos os dias, a voz de Jesus que se revela pela oração, que teremos a "voz do Pastor", mesmo que essa voz se revele silenciosamente. Se tentarmos evangelizar com a estranha voz do mercenário, o povo de Deus fugirá de nós, e nunca seremos canais do Amor que, a todos, quer conquistar (cf. Jo 10,5). Se as pessoas não reconhecerem a voz de Deus na nossa, não estaremos anunciando a "Boa Nova", mas apenas combinando fenômenos acústicos.
A nascente do canto deve ser a alma, pois é lá que Deus habita. Os homens precisam ser alimentados com a voz de Deus, e não com a voz do nosso orgulho. Nossa missão é a de arrastar as pessoas para o céu, e nunca as distanciar dele.
Precisamos orar para que a nossa voz se encha do poder, da unção e da autoridade da voz do Pastor. Nunca a nossa profissionalização conseguirá, sozinha, atingir a dor humana. Se não estivermos firmados numa vida de oração, as pessoas continuarão a carecer do essencial: o toque de Deus no âmago do ser. O toque que ultrapassa uma experiência superficial ou simplesmente afetiva. Ao escutar, pela música, a voz de Deus, os homens terão sua inteligência iluminada e a vontade pronta a se mover segundo a condução divina. Essa é a maneira de tornar audível o Amor de Deus, de levar seus filhos ao centro da sua pedagogia. O que Deus quer mesmo é nos educar, embalando-nos com a música que se forma com as batidas do seu coração amoroso. Abraçando esta graça, nosso canto abraçará as feridas de muitos, e Deus as curará.

Formação Comunidade Católica Shalom

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal

Oi amadas e amados músicos!
A Paz de Jesus e o Amor de Maria!
Feliz Natal a todos!!!

Surgem anjos proclamando;
Paz à terra e a Deus louvor;
Vão seus hinos ecoando;
Nas montanhas em redor.

Glória, Glória, Glória a Deus nas alturas (bis)

Foi nesta noite venturosa;
Do nascimento do Senhor;
Que anjos de voz harmoniosa;
Deram a Deus o seu louvor.

Glória, Glória, Glória a Deus nas alturas (bis)

Vinde juntar-vos aos pastores;
Vinde com eles à Belém;
Vinde correndo pressurosos;
O Salvador enfim nos vem.

Glória, Glória, Glória a Deus nas alturas (bis)

Que este Natal seja cheio de paz, amor, saúde, harmonia, solidariedade, união, bençãos e muita música.
Que neste Natal possamos agradecer a Jesus por este ano e principalmente agradece-lo por ter-nos dado o dom de servi-lo e a força para segui-lo.
Louvado seja o Deus menino! Louvado seja o Senhor! A Ele a glória, a Ele o louvor, a Ele o nosso canto de amor.
A todos os músicos um Feliz e Santo Natal!
Deus abençoe você e seu ministério!
Sua irmã em Cristo, Flávia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Composição Musical

Não é por acaso que a Canção Nova tem esse nome. Aqui, nós como músicos católicos podemos nos encontrar e trocar experiências. Entendo que para ser compositor você não precisa necessariamente tocar um instrumento, ou cantar bem, ou ter uma formação musical especifica. Na minha casa foi assim, comigo e com meu pai. Ele também era compositor, e começamos a compor na mesma época. Ele fazia letras para os músicos que tocavam com ele, e eu comecei a compor as primeiras canções voltadas para Deus, com 14 anos. Desde o inicio percebi que o instrumento que a gente escolhe, influencia a forma como compomos. A relação com esse instrumento faz com que a gente tenha um determinado tipo de composição. Eu prezo muito a função do compositor. Em todos os lugares que vou, encontro cantores, instrumentistas e arranjadores maravilhosos. Mas a mais rara que encontro, é a figura do compositor. A atividade de compor é mais intimista, muito semelhante ao momento de oração. De alguma forma há um sentido de transcendência. Há a ação do Espírito Santo em nós. Temos que pensar nisso. Quando vamos tocar ou compor para Deus, temos que refletir aquilo que seja verdadeiro e interior nosso. Pensemos sobre alguns tópicos: Motivo, tema, abordagem do tema, coerência musical e linguagem. Qual seria o motivo do cantor cristão para cantar? De que forma?A função é como a de um garimpeiro. Às vezes temos que 'cavar' fundo para obter 'água limpa'. A principio temos uma idéia boa para a canção, com algumas frases, uma melodia, e quando tentamos desenvolver, não acontece nada. Eu acredito que a nossa insistência e persistência em nos motivar, é o primeiro para que possamos fazer uma boa composição.Tenho o hábito de compor de 15 em 15 dias. Mesmo que seja uma música ruim. Mas para achar os 5% que valem à pena, temos que cavar muito fundo. Só aprendemos a compor, compondo. Não tem jeito. Como o instrumentista treina, exercita, o compositor também precisa exercitar. O tema de uma composição é o mais importante de tudo, é o eixo. É o que há de mais especial na música. Quais são os temas que existem para se falar em relação a Deus? Todos os temas! Amor, céu, terra, alegria, tristeza, todos... e as formas que você reflete isso. Às vezes as pessoas ficam circulando sobre frases feitas, ou sobre algo que todos já falaram. Mude o ângulo de abordagem e você fará uma música completamente diferente.

Trecho da palestra do cantor e compositor Grecco, no Hallel CN.
Módulo de Artes - Domingo - 17/08/08

sábado, 12 de dezembro de 2009

Cuide do seu instrumento

Você já parou para pensar? A voz é seu instrumento!!! Talvez o maior e o mais complexo de todos... Entre guitarras, violões, pianos grandiosos, baixos acústicos, baterias, violinos, flautas e muitos outros... É o mais bonito.... Ou não!?
Poderia ser...
Pois entre todos os citados é o mais capaz de emocionar... Ou não! Depende de nós! Pense comigo... O tamanho do nosso instrumento é incontestável! Da cabeça aos pés. Talvez só se compare com um baixo acústico. E a complexidade! Trata-se de milhares de células, que agem em conjunto. Milhares de mecanismos, comandados pelo chefe cérebro. Músculos entrelaçados numa grande teia, sustentados pelos nossos amigos, os ossos... E a grandiosa pele, que reveste toda essa complexidade. Imagine toda essa maquinaria descoberta!
Digamos, então, que a pele é nosso Kaise, nossa capa de proteção. Engana-se, você, se considera somente um aparelho fonador seu instrumento... Se quando ouve falar em voz, pensa somente em garganta, pregas vocais, pulmão e músculos abdominais.Quando se fala em voz., pensa-se em corpo como um todo, ou pelo menos deveria. A voz pertence ao corpo! Parece-se óbvio, mas... É bem verdade!
O que o corpo sofre... A voz sente! Por isso é preciso construir, antes de cantar, toda uma consciência corporal e emocional também, porque não?! Se a emoção é resultado de alguma alteração lá dentro do nosso grande instrumento. Comparando-o com um outro instrumento, por exemplo, o violão; tirando-o da capa, ligando-o num amplificador pronto para tocar! A voz não funciona bem assim... Para estar pronta para uso, é necessário todo um preparo, físico, psicológico, técnico e espiritual também (este, pra nós que cantamos para Deus, é o mais importante). Seu instrumento, assim como qualquer outro, merece muito carinho e cuidado.
Imagine você o preço de um bom piano! Mais ou menos uns R$ 6.000, e usado, encontrei-o lá no mercado das pulgas. E o seu instrumento, a sua voz... Qual é o preço que você daria?
Não deixe de levar em consideração o tamanho, a complexidade, a beleza do som, a amplificação, a diversidade dos timbres e a exclusividade, porque seu instrumento só você o tem! Mas, em contrapartida, ele talvez não esteja em tão boas condições.
Convido você a fazer agora uma avaliação do seu instrumento fabuloso: ele está sendo bem cuidado?
Espero que você tenha entendido, pelo menos um dedinho, de como esse instrumento companheiro, que você tem aí consigo, é importante, e caro, e raro, e único... E merece muuuuuuiito carinho!!! Cuide do seu! Porque infelizmente ninguém pode fazê-lo por você!!! Nem o professor de técnica vocal, nem o fonoaudiólogo, nem os melhores profissionais da voz, isso cabe a você, única e exclusivamente!

Marcio Cruz

sábado, 5 de dezembro de 2009

Senhor, ensinai-nos a ser artistas do seu amor!

Geralmente quando pegamos um folder de uma oficina de artes ou algo do gênero, vemos duas máscaras representando a arte de interpretar... Infelizmente ligam sempre o artista a alguém que vive um personagem! Mas embora o ator, cantor ou dançarino esteja interpretando, ele transmite, acima de tudo, aquilo que ele é, pois pela voz e expressão demonstra sua essência e seus sentimentos. Quando você vê alguém cantar, consegue perceber pela voz se está seguro, da mesma forma é assim com a arte de um modo geral. João Paulo II nos diz que arte não está ligada somente a obras, mas sim à história da humanidade. De fato, a sabedoria de João Paulo II nos faz enxergar que o ser humano expressa a vida ao construir seus dias e assim, conseqüentemente, dando formato à arte de viver! É lógico, sabemos, existem também aqueles que usam máscaras para viver... Fernando Pessoa dizia que estava tanto vivendo tão intensamente um personagem que quando deu por conta, viu que a máscara tão usada estava colada em seu rosto e já não conseguia desprender-se dela. Às vezes queremos ser alguém para agradar os outros e acabamos deixando de ser nós mesmos... Há muita diferença entre ser e parecer, não posso parecer com ninguém, preciso ser eu mesmo (em muitos casos parecer até é saúdavel, mas não se pode perder a essência)! Só começo ser feliz a partir do momento que deixo de lado as formalidades e começo a viver a realidade! Viver a realidade é sinônimo de crescimento. Se uso máscaras, estou condenado a ser infeliz para o resto da vida! E só a partir do momento que tenho consciência de que minha realidade é feita de luz e sombras, como uma bela pintura, começo entender que sou virtudes e limites, que tenho uma história e preciso viver minhas limitações sendo quem sou e seguindo os preceitos de Deus... Que não facilita, pois aquele que facilita, infantiliza o facilitado, mas Ele me diz "vai, caminhe...", assim como disse a Moisés quando se deparou com o mar.... Talvez enfrentar o mar venha ser como enfrentar eu mesmo. Mas só a partir do momento que tomo coragem de seguir a voz do mestre é quando dou o passo de enfrentar meus medos.... Então andar sobre o mar, mesmo que ele não venha a se abrir, já não parece ser tão assustador! Pois além de uma ordem para crescer, a voz de Deus me encoraja a caminhar e ir além. E de libertar-me de mim mesmo para só assim fazer da vida uma obra de arte, consciente de que ela é luz e dias nublados...

Marcio Cruz

Curitiba - PR

sábado, 28 de novembro de 2009

Cada artista deve ter a consciênica de que é instrumento

Um autêntico amor ao Evangelho nunca nos deixa inertes. A Boa Nova é, antes de tudo, “amor em ato”, e como tal não paralisa o homem, mas o move a amar. As palavras do Evangelho sempre nos colocam diante de uma realidade de amor, quer seja quando é Cristo quem ama quer quando Ele nos prova, com Sua vida, que precisamos amar.
A arte é a maneira mais bela que o homem encontra para agir. Ela é – ou deveria ser – fruto de um movimento que, iniciado no amor, torna-se o ápice da expressão e da comunicação humana. Se hoje a arte se desvia do seu fim de levar as pessoas a uma experiência com Deus, é porque está ferida na sua essência, que deveria ser sempre o amor.
Em qualquer uma de suas manifestações: pintura, dança, música, teatro…, a arte é a maior manifestação da beleza que pode nascer no coração de alguém; enquanto o Evangelho é a maior prova de amor que Deus pôde dar aos homens: Cristo no meio de nós! Estes dois “movimentos”: o Evangelho e a arte, põem a humanidade em evidência e nos levam a perceber que tudo ganha um novo sentido quando gerado no amor. O Evangelho já traz em si a plenitude do amor, que é Jesus Cristo, porém, a arte nem sempre tem o amor como impulso inicial.
A verdadeira arte é o Evangelho encarnado de forma bela pelo homem. Primeiro, o artista recebe um dom de Deus, depois precisa amar esse dom e, por fim, usá-lo em prol da evangelização. Muitas vezes, costuma-se inverter essa ordem e, ao usarmos o dom antes de amá-lo, estaremos oferecendo aos homens algo que o mundo e o pecado também podem oferecer: uma arte indiferente, que nega ou esquece o amor. As pessoas precisam de uma arte nova, santa, essencialmente evangélica, que as convença de que não há nada melhor do que “viver de amor”.
Antes de tudo, a arte precisa ser amada, depois exposta. O próprio Papa João Paulo II nos motiva a empenharmos todas as forças em favor do “Belo Amor”, da construção da beleza como reflexo de Deus para o mundo. É preciso, de fato, nos movermos nessa direção amorosa que a Igreja nos aponta. A arte é capaz de movimentar o amor no homem, amor este que é a raiz do Evangelho. Se a arte não for feita por amor a Cristo e à Sua Boa Nova, em vão será todo esforço por ela. A Pessoa de Jesus é a inspiração dessa arte santa para os homens. É por amor a Ele e ao Seu Evangelho que se deve fazer toda manifestação artística.
Quando a inspiração artística provém de um coração cheio de amor ao Evangelho, consegue inflamar muitos outros corações com esse mesmo amor. Deus se mostra a nós de forma bela e, assim, leva-nos a uma verdadeira experiência com Ele.
Cada artista deve ter a consciência de que é um instrumento, porque, na verdade, é Deus o Autor de todo o bem que a arte comunica. O Criador não apaga a participação do artista, apenas a esconde, porque sabe que o mundo não necessita da arte nem do artista, mas do amor que se esconde em ambos.
O artista, ao fazer-se “veículo” de evangelização, encarna o que diz São Paulo: “Com efeito, o anúncio do Evangelho que efetuamos entre vós não ficou em discurso, mas manifestou o poder, a ação do Espírito Santo e uma realização maravilhosa” (I Tessalonicenses 1,5).
Quando, como artistas, estivermos fazendo a nossa arte remeter a humanidade ao Evangelho, estaremos, de fato, abrindo caminhos para que Deus realize grandes prodígios no coração do Seu povo.

Cristiano Pinheiro C. Bedê
Responsável pelo Ministério de Música Missionário Shalom

domingo, 22 de novembro de 2009

Santa Cecília - Padroeira dos Músicos

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto assim que no século V uma Basílica foi construída em seu nome.
Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda.
A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas. No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres.
Segundo o relato da sua Paixão Cecília tinha sido uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido, com transparência, o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um Anjo guardava sua decisão.
Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o Anjo. Desse desafio Cecília conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o Anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos.
O Anjo colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia. Colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que lembrava Cecília que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida". Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou cortar-lhe a cabeça.
Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: "Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo". Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos.
Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

Santa Cecília, Rogai por nós!

sábado, 21 de novembro de 2009

Vencendo as barreiras do chamado

Nós todos sofremos quando estamos caminhando ao encontro da nossa caminhada espiritual, quando buscamos atender a vocação do nosso chamado. Com certeza todos nós temos um chamado específico do Senhor e que é confirmado ao longo da nossa dedicação através do Espírito Santo.

As barreiras
Quanto mais tentamos caminhar em direção da realização do chamado, mais resistências nos opõem. Existem resistências que vem dos nossos familiares, colegas de trabalho, pessoas da própria comunidade, lideranças, amigos. Existem pessoas que resistem ao nosso chamado por nossa aparência, nosso passado, nossas fraquezas e também existem pessoas que resistem por ciúmes, invejas…

Aprendendo com Davi
Olhando para o início do chamado do rei Davi, podemos ver que ele passou por várias barreiras antes de permitirem que ele lutasse contra Golias. Ele enfrentou seus irmãos, autoridades e Saul, que era o rei. O que eles argumentavam é que Davi era muito jovem, inexperiente e incapaz, alguns julgavam pela aparência, outros por ciúmes. Mas Davi ignorou todas as críticas e se manteve firme em seu propósito.
Devemos ter a consciência que a unção, o chamado, é uma escolha divina, é inquestionável. Deus faz como Ele quer, com quem Ele quer, não importa se somos merecedores, dignos aos olhos humanos, ninguém sabe explicar, é vontade de Deus. Ele próprio inverte as ordens, muda de posição. As pessoas próximas, autoridades e até familiares de Davi diziam que ele era incapaz de vencer o filisteu e ele provou com a vitória, com a vida a unção que o Senhor havia lhe concedido.
Como Davi, temos que nos desviar dos que não aceitam a unção de Deus em nossas vidas, e todo pensamento que roube a convicção da unção sobre nós. Se estivermos enfrentando resistências, busquemos mais ainda servir ao Senhor e agradá-Lo em tudo, em todos os aspectos de nossas vidas e deixemos o próprio Senhor dará testemunho de nós através de nossos frutos.

Nadia Taboas é membro da Renovação Carismática Católica Latina de Massachusetts (EUA)

sábado, 14 de novembro de 2009

Cantai um cântico novo, tocai com arte para o Senhor!

“Somos ministros de música porque deixamos primeiramente Deus ministrar em nós.”

Para que Cristo seja o nosso canto é preciso ter um bom conhecimento dele. Como cantar se não conheço a música?
Para que se cante um canto novo é necessário ouvir uma nova música. Aí reside a dinâmica da nossa vida de oração, que nos mostra a todo instante as características daquele a quem precisamos imitar: Jesus Cristo!
Somos ministros de música porque deixamos primeiramente Deus ministrar em nós. Somos profetas de Cristo!


Atos 19, 13-16
O silêncio vai muito além do fato de calar-se, simplesmente. É uma prática de ouvir, a Deus, a si mesmo e aos irmãos. A intimidade com Deus não nos permite ser omissos. É preciso descobrir a diferença entre ouvir e escutar.
Se na teoria musical existe a percepção musical, na vida espiritual também se faz necessária esta percepção; percepção de Deus é fundamental! Podemos ouvir muitas coisas, mas escutar exige um certo esforço, requer atenção e prioridade. A voz de Deus é um sussurro, é necessária habilidade na percepção.
A vida de oração é como um estúdio que nos prepara para ouvirmos a Deus em qualquer lugar ou circunstância. Deus nos fala através de tudo! O único poder que deve ter a nossa arte é o de transmitir o poder ilimitado de Deus. Somos chamados a levar o Senhor e não a nós mesmos naquilo que professamos através do canto.
Desafinamos muito mais pela incoerência de vida que pela voz, pelo instrumento. E o fato de desafinarmos com nossa vida pode trazer graves conseqüências para o Corpo de Cristo que é a Igreja. O ministro de música, para cantar de forma agradável aos ouvidos de Deus, precisa saber combinar na sua vida. Assim como acontece na música, sons e silêncios. E este é sempre um grande exercício a ser praticado por nós.

Serviço é antes de tudo disposição. Desejo de amar a Deus acima do amor ao canto.

Por: Luciana Fontenele

sábado, 7 de novembro de 2009

O ponto fraco do músico

"São muitos os nossos pontos fracos, primeiro, porque antes de sermos músicos, nós somos pessoas. E todos os pontos fracos de uma pessoa estão contidos também em um artista que é músico.
É importante que estejamos atentos a isto. Porque o fato de fazermos o que fazemos, que é realizar a missão de músicos no seio da Igreja, não nos faz melhores nem imunes às tentações e dificuldades que as pessoas geralmente têm. Então, o ponto fraco do músico é o pecado que nos ronda o tempo todo, de modo especial, por causa da sensibilidade de artistas que temos.
A nossa fraqueza é ainda mais latente, porque nos envolve uma realidade de uma sensibilidade antes de um show, de uma apresentação, depois de um show ou depois de cantar na Santa Missa. Estamos propensos por causa da fraqueza do nosso coração.
Então cuidado! Esteja zeloso, atento e principalmente, viva reconciliado. Porque é inevitável que nós pequemos; mas, por outro lado, nós temos um Advogado, um Deus que é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.
Cada vez mais, estou convencido de que a grande graça para nós é a de não pecar. Mas, se pecarmos, precisamos nos reconciliar imediatamente com Deus e com os irmãos, para que o canal de comunicação, de evangelização, que é composto por cada um de nós, não seja obstruído pelas conseqüências do nosso pecado."

Eugênio Jorge
Missão Mensagem Brasil

sábado, 31 de outubro de 2009

Oração do Músico Cristão

Senhor, Jesus Cristo, Somos notas diferentes na mesma pauta do Reino de Deus. Nós Te louvamos por este tempo de pausa, de silêncio. Lembramos que a quietude de Tua mãe, Maria, permitiu que ela respondesse "sim"! E a Canção se fez gente, e habitou no meio de nós (Jo 1,14). Temos timbres diferentes, e exatamente por isso podemos cantar na trinitária harmonia dos acordes da fé, da esperança e do amor. Que possamos unir nossas diferenças para que a canção seja mais santa e mais bela. Sabemos que na vida existem acidentes. Mas não nos deixes cair na desafinação.
Que possamos ouvir a voz uns dos outros, seguindo as Tuas orientações e movimentos, nosso maestro maior! Alerta-nos para que saibamos obedecer os sinais de expressão: desde o pianíssimo e oculto serviço da composição, até à fortíssima visibilidade de nossa canção nos Meios de Comunicação. Acima de tudo, nós Te pedimos: lembra-nos que a clave é quem dá o nome, a altura e o significado de tudo o que cantamos. E a nossa clave és Tu, Sol Nascente, Luz do Alto, que veio nos ensinar a profetizar pela canção, com os olhos para o alto e com os pés firmes no chão. De todas as verdades, És o supremo cantor. Senhor Jesus, nossa boca cantará ao ritmo do Teu coração. Unidos cantaremos a Tua eterna canção de Amor. Amém!

Pe. Joãozinho, scj
Sacerdote do Sagrado Coração de Jesus

sábado, 24 de outubro de 2009

Canto e música litúrgica - CIC 1156 - 1158

1156. «A tradição musical da Igreja universal criou um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da liturgia solene» (24). A composição e o canto dos salmos inspirados, muitas vezes acompanhados por instrumentos musicais, estavam já estreitamente ligados às celebrações litúrgicas da Antiga Aliança. A Igreja continua e desenvolve esta tradição: «Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai e louvai ao Senhor no vosso coração» (Ef 5,19) (25). Quem canta, reza duas vezes (26). (Santo Agostinho)
1157. O canto e a música desempenham a sua função de sinais, dum modo tanto mais significativo, quanto «mais intimamente estiverem unidos à acção litúrgica» (27), segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o carácter solene da celebração. Participam, assim, na finalidade das palavras e das acções litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis (28).
«Como eu chorei ao ouvir os vossos hinos, os vossos cânticos, as suaves harmonias que ecoavam pela vossa igreja! Que emoção me causavam! Passavam pelos meus ouvidos, derramando a verdade no meu coração. Um grande impulso de piedade me elevava, e as lágrimas rolavam-me pela face; mas faziam-me bem» (29). (Santo Agostinho)
1158. A harmonia dos sinais (canto, música, palavras e acções) é aqui tanto mais expressiva e fecunda quanto mais se exprimir na riqueza cultural própria do Povo de Deus que celebra (30). Por isso, «promova-se com empenho o canto religioso popular para que, tanto nos exercícios piedosos e sagrados como nas próprias acções litúrgicas», de acordo com as normas da Igreja, «ressoem as vozes dos fiéis» (31). Mas «os textos destinados ao canto sacro devem estar de acordo com a doutrina católica e inspirar-se sobretudo na Sagrada Escritura e nas fontes liturgicas." (32)

sábado, 17 de outubro de 2009

Tomando posse do ministério

O papel que Deus espera de quem ministra o louvor

"Não são carnais as armas com que lutamos. São poderosas em Deus, capazes de arrasar fortificações. Nós aniquilamos todo raciocínio e todo orgulho que se levanta contra o conhecimento de Deus, e cativamos todo pensamento e o reduzimos à obediência de Cristo” ( 2Cr 10,4-5).

São Paulo Apóstolo nos mostra que as armas de um ministro não são carnais, não são humanas, são poderosas e celestes. O Senhor nos fez ministros na música, e isso não é mérito nosso, mas sim de Cristo que conquistou para nós com sua cruz, e é Ele mesmo quem nos capacita e nos arma para a batalha. A missão que temos como ministros de Deus na música nos foi conferida, delegada. O poder vem de Deus, e Ele nos confere Seu poder quando vamos executar a música. O Senhor nos convidou para o encargo de representá-lo na música como Seu porta-voz, e espera que abandonemos os nossos desejos e as nossas vontades, espera também que estejamos em obediência daquele que nos convocou para tal missão, porque os seus desígnios são maiores do que os nossos. Nunca coloque a confiança no seu instrumento, na sua voz ou na sua razão para ministrar a música que é de Deus, deposite sua confiança naquele que te elegeu e te capacita, na ação do Ressuscitado que vive em nós. “Não fomos nós que escolhemos o Senhor, mas Ele nos escolheu primeiro” (Jo 15, 12-17). O Ministro de Deus é escolhido para fazer a vontade do Senhor e não a sua própria. No antigo testamento o homem não era templo do Espírito Santo. Esta condição de sermos morada de Deus foi conquistada graças à morte de Jesus na cruz. Apodere-se então dessa graça que Jesus conquistou por você. Cantar sem colocar o coração, sem ter intimidade com Espírito Santo, sem ministrar para si mesmo, é semelhante ao sino da igrejinha, que toca, toca, toca chamando o povo para a Missa, mas não entra no templo!

Por Michely Araújo do SacraMusic

sábado, 10 de outubro de 2009

Hábitos saudáveis de higiene vocal

O que é higiene vocal?
São hábitos e comportamentos que conservam a saúde da voz, evitando o aparecimento de alterações.

Sinais de alerta:
- Rouquidão persistente;
- Dor ao falar;
- Sensação de corpo estranho na garganta e/ou cansaço vocal;
- Falta de ar ao falar;
- Alterações ou perda da voz;
- Dor ao engolir;
- Sensação de ardor;
- Pigarreio freqüente.

Fatores que prejudicam a voz (maus hábitos):
- Fumo;
- Álcool;
- Drogas;
- Tossir ou pigarrear em excesso;
- Posturas corporais inadequadas;
- Ar condicionado;
- Gritar sem suporte respiratório;
- Líquidos gelados antes e durante o uso da voz;
- Anestésicos;
- Certos medicamentos como corticóides e antialérgicos;
- Pó de giz;
- Falar muito alto, principalmente em ambientes ruidosos.

Como cuidar da voz (bons hábitos):
- Hidratação (mais ou menos 8 copos de água por dia);
- Líquidos em temperatura ambiente;
- Ingerir alimentos leves e com fibras;
- Consumir alimentos adstringentes, como a maçã e salsão;
- Evitar gelados;
- Roupas confortáveis (inclusive acessórios como cintos, colares, gargantilhas);
- Não pigarrear ou tossir excessivamente;
- Evitar gargarejos com anestésicos (gengibre, própolis e outros);
- Evitar pastilhas para a garganta;
- Beba chá ou café com moderação;
- Manter a postura ereta;
- Não fazer uso de fumo, álcool e drogas;
- Falar confortavelmente sem gritar.
Em caso de algum problema procure um fonoaudiólogo ou um médico otorrinolaringologista.
Voz: sem ela, nem dá prá falar...

Mariana Cristina Tomás
Fonoaudióloga

sábado, 3 de outubro de 2009

Como ser um Ministro de Música

Para ser um ministro de música não basta conhecer a animação litúrgica ou estar inserido em uma comunidade de crescimento. O animador deve estar totalmente inserido na realidade pastoral e missionária da nossa igreja. É importante que cada animador se pergunte: Que tipo de discípulo eu sou? Em meu canto ecôo a voz de Deus? Por meio da minha voz ou meu instrumento, a comunidade sente-se motivada a elogiar o Autor que age em mim? É fundamental que cada católico se pergunte: Será que eu estou colocando Jesus Eucarístico à minha frente? Ou eu estou querendo me colocar à frente Dele?

1. O animador deve:
- Escolher os cantos de acordo com o tempo litúrgico e o tema do dia;

- Ensaiar os cantos com a assembléia;
- Planejar antecipadamente a celebração com as outras equipes;
- Visitar outras igrejas para trocar experiências.

2. Para que haja participação da assembléia:
- Os cantos devem ser conhecidos e de melodia fácil;

- O tom deve ser acessível, nem alto e nem baixo demais;
- Antes de iniciar, avisa-se o número do canto;
- Um animador (regente) estimula o povo a cantar.

3. O instrumentista deve:
- Acompanhar os cantos e não sobressair demais;

- Usar o instrumento para fazer prelúdio, interlúdio e poslúdio;
- Evitar qualquer barulho dos instrumentos fora de hora;
- Afinar os instrumentos antes da celebração e em local apropriado;
- Combinar o tom da música durante os ensaios.

sábado, 26 de setembro de 2009

No que consiste o nosso canto?

“Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente.”
(Santo Agostinho)

Sábio pensamento, este de Santo Agostinho. E é com ele que damos o ponta-pé inicial ao nosso Projeto CANTO NOVO, com uma nova roupagem, um novo foco, pois o Espírito Santo sempre tem algo inédito a nos revelar.
Podemos partilhar um pouco neste mês sobre a realidade em que se encontram nossos ministros de músicas nos dias de hoje. E devemos nos questionar:
No que consiste o nosso canto?
Sempre digo que o ministro de música vive como em uma corda bamba, a todo o momento buscando se manter firme na meta de não cair, ou seja, de não se deixar levar pelas vaidades. É uma luta constante que só terminará no céu. Aleluia!
Infelizmente, parece que se perdeu a essência do servir. Nos deixamos levar pela rotina e colocamos de lado a espiritualidade, para cumprir “obrigações” de estar sempre no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas.
Isso precisa mudar, pois antes de FAZER, nós SOMOS, antes de desempenharmos um ministério, tivemos uma experiência pessoal com o Amor de Deus. Ele nos chamou, nos confiou um ministério que é nossa rede para pescar almas, como nos diz o Senhor :
“Vinde após mim e vos farei pescadores de homens.” (Mt. 4, 19).
Mas, é imprescindível para uma boa pescaria que as redes estejam fortes e sem danos. Por isso o Senhor nos convida a ir além, a dar um passo a mais. O de realmente nos decidir a viver o que cantamos, o que pregamos, em atos concretos. Nós não podemos estar dependentes do microfone ou de um instrumento para evangelizarmos, ou seja, necessitamos viver a autenticidade do Evangelho que consiste unicamente em amor, em amar. É o amor que marca cada parágrafo da Boa Nova, cada milagre de Jesus, todo o seu ministério e especialmente Sua morte de Cruz. Como nos ensina Santa Terezinha:
“O Amor é o ponto de partida para tudo!”.
O Amor tem que ser o ponto de partida do nosso servir, só assim ele será eficaz. Do contrário, é somente vazio, aparências, não tem alicerce, não finca raízes.
Precisamos entoar com nossas vozes o amor perfeito de Jesus, cantar o mais alto que pudermos que é esse amor louco, cravado num madeiro que cura e que salva, independente de quem canta ou de quem toca, pois o Amor de Deus não se condiciona a essas pequenas coisas, ele é muito maior. O Amor pode transformar tudo!
Temos que assumir de uma vez por todas nossos lugares de servos, nos colocarmos no último lugar e na humildade nos reconhecermos pequenos e dependentes da graça de Deus, buscando a santidade e nos tornando homens e mulheres orantes. Assim como nos afirma o CIC no nº. 2559:
“A humildade é o fundamento da oração. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um mendigo de Deus”.
Quando olharmos a nossa volta e começarmos a enxergar o sofrimento do próximo, indo ao seu encontro e direcionarmos o nosso servir neste intuito, tudo terá mais sentido e o primeiro passo será dado rumo à santidade, a vida eterna que compensará todos os sofrimentos desta terra.
Sigamos o exemplo de nossa querida Santa Terezinha do Menino Jesus:
“A santidade não está em tal ou tal prática; consiste numa disposição do coração que nos torna humildes e pequenos nos braços de Deus, conscientes de nossa fraqueza e confiantes até audácia em sua bondade de Pai”.
E que esse possa ser o nosso único desejo, sermos verdadeiros mendigos de Deus, que nada tem, nada são, senão no Senhor, que nos envolve em sua infinita misericórdia. Simples servos que somente almejam agradar o seu Senhor e fazer com que ele seja amado por todos, fazendo de nossas vidas o mais bonito e agradável louvor.
Que o nosso canto seja renovado para que junto com Jesus nossas vidas renasçam para o novo de Deus. Um abraço fraterno!

Liliane do Nascimento
Consagrada da Comunidade Chagas de Amor

sábado, 19 de setembro de 2009

Além de músico

"Meu filho, se você se apresenta para servir ao Senhor, prepare-se para a provação. Tenha coração reto, seja constante e não desvie no tempo da adversidade". (Eclo. 2-1,2)

Não poderia ser diferente... Quando orava hoje pela manhã foi com este texto de Eclesiástico que iniciei o meu dia, e são nestas palavras que me apego, quando as situações e dificuldades me perseguem...
Trabalhar com a música religiosa é um chamado, uma vocação, um sim constante e conversão diária. Todo músico, cantor(a) ou pessoas ligadas à música sabem o quanto é maravilhoso poder colocar esse dom totalmente a serviço. E quantas são as dificuldades de evangelizar hoje em nosso país. Sabemos das provações que passamos e da postura que devemos assumir. E não são poucas.
A nossa música deve ser levada com conteúdo, com melodia. Deve mudar, fazer um coração voltar-se ao Senhor, quando tudo parece difícil. Não basta apenas ter um dom magnífico, primeiramente deve-se ser filho, humano, pronto a perceber que ao redor de todos que te ouvem existem pessoas que necessitam de algo mais de você. Uma atenção, um sorriso... Um ouvido, uma partilha...
A música é uma linda profecia que deve ser vivida na vida cotidiana. Cantamos muitas vezes o que vivemos ou aquilo que queremos viver, sabendo de nossas limitações e fraquezas. Somos pessoas normais, que sofrem, se emocionam, que vivemos a sensibilidade à flor da pele, que temos nossos momentos de questionamentos, de reflexão e contemplação. Sentimos saudades, carências e buscamos o equilíbrio necessário para colocar o serviço a Deus em primeiro lugar. Você que agora lê esta pequena mensagem, com certeza convive com pessoas que trabalham com música em sua paróquia ou até mesmo você é um cantor, uma cantora religiosa. Nunca deixe que o egoísmo, a sede de querer aparecer mais que os outros ou até mesmo o dom de cantar ultrapasse o seu limite de ser humano e sentir as coisas com humildade. Se você perder isso, perderá a essência de ser de Deus. Querer aprender a ser pequeno no grande amor que Ele nos vota, também é um dom maravilhoso.

Karla Fioravante
Cantores de Deus - São Paulo-SP

sábado, 12 de setembro de 2009

O músico que não reza

Preciso ser claro quanto a uma coisa: o músico que não reza não toca com amor, mas apenas com prazer. E esse prazer é pela arte da música e não o prazer de gozar da presença de Deus. Até cantamos isso “meu prazer é estar nos átrios do Senhor….”, mas a verdade é que muitos músicos sentem-se tocados pelo arranjo da música ou pelo timbre das vozes… não estou com coração transbordando de amor por Deus.
Desculpe-me até dizer que o músico que não reza é como aquele homem do livro dos provérbios, que diz: “O que entoa canções ao coração aflito é como aquele que despe uma peça de roupa num dia de frio, e como vinagre sobre a chaga.” Pr 25,20
Seríamos exatamente isso: como vinagre sobre as chagas de alguém, ou seja, não levaríamos alívio algum, mas apenas dor e aflição. Não seríamos capazes de acrescentar nada aos outros.
Por isso meu querido irmão e minha querida irmã, antes de sua voz e do seu violão, coloque sua intimidade com Deus em primeiro lugar. Lembrem-se do que cantamos “como vela que queima no altar, se derramar de amor” …… Derrame-se mesmo, mas por um amor verdadeiro, fiel e santo!!
Aí sim nossa música dará frutos que permanecerão. (Jo 15,15).
Abraços
Jorge

sábado, 5 de setembro de 2009

Mortificação: o fôlego espiritual do músico

Para viver a sua consagração, você precisa abolir o fumo, o álcool, a droga. O fumo faz mal para sua voz. O álcool também faz mal para sua voz, mas faz maior mal para a sua pureza, a sua sexualidade. De aperitivo em aperitivo, de cervejinha em cervejinha, você acaba indo longe e cai. No ministério de música não se deve fumar nem se beber. Mas isso é radicalismo? Você pode perguntar: “Quem mal existe em fumar e em beber?” De quem você está a serviço: da vida ou da morte? O fumo traz vida? Não, o fumo traz morte. Ele acaba com o alimento da sua vida, que é o oxigênio para os seus pulmões. Não condeno os que fumam. Mas quero tirar o fumo da boca dos que fumam. Você pode entregar o seu cigarro para Deus hoje. E nunca mais fumar. É importante que no ministério inteiro todos tomem essa decisão. Um membro da nossa comunidade é irmão de um rapaz que jogou vôlei e foi da Seleção Paulista. Certa vez, o time estava saindo de viagem, quando o técnico aproximou-se desse rapaz, colocou a mão no bolso da camisa dele, e arrancou o maço de cigarro, jogou no chão, pisou em cima e disse: “Ou você joga fora essa droga e não a põe nunca mais na boca ou você não joga no meu time!”. O técnico tinha razão. Num jogo de vôlei é preciso ter fôlego e por isso não se pode fumar. Da mesma forma, um músico de Deus precisa ter fôlego e fôlego espiritual! “Ou você joga fora essa porcaria, essa droga, ou você não toca nem canta na minha banda. Decida-se!” Com o álcool é a mesma coisa. Quem teve um pai ou mãe alcoólatra sabe o que é isso… E muito músico foi vítima da bebida. Se você não teve esse problema na sua casa, graças a Deus, mas já viu em outras famílias o que é alguém que bebe. A bebida é morte. Satanás usa do álcool para matar pessoas. Matar famílias. Matar vidas. Matar amor. Você queria ser concebido pela embriaguez do seu pai? Queria ser fruto de um relacionamento em que seu pai, bêbado, teve sua mãe de maneira forçada e brutal? Claro que não! O álcool leva à degradação, à morte, à morte do amor. Porque, em seu ministério de música, você precisa beber? Há tanto suco, refrigerante e tanta água neste mundo de Deus! Você não precisa do álcool! Por que estou dizendo isso? Porque se outros conjuntos e bandas estão a serviço de satanás, é preciso que você, de um ministério a serviço de Jesus Cristo, se mortifique e faça um jejum voluntário. O nosso ministério de música faz jejum voluntário de cigarro, de álcool e de drogas, para que cada um seja realmente consagrado com força. Se você não começar a fazer jejum dessas coisas mínimas, como cigarro, álcool, você não resistirá a tentação nenhuma: não viverá como consagrado e não conseguirá se afastar da tentação que atinge de cheio o músico de Deus. Não seja mais ingênuo, comece o seu jejum pelo álcool. Deixe, a partir de hoje, o cigarro e a bebida. Seja como João Batista! Você, músico, que prepara o caminho do Senhor, tem de ser como João Batista. Do contrário você é um ingênuo. Você só quer sucesso? O seu sucesso vai derrubar você! Queira Deus que ele [sucesso] não derrube a sua banda, o seu conjunto, o seu ministério de música! Se você vê alguém que entra nessa, tire esse menino ou menina do grupo. Você não pode confiar em alguém que só quer sucesso: ele não aguenta nada. Aquele treinador de vôlei arrancou o maço de cigarro daquele rapaz, jogou-o no chão, pisou em cima e disse: “Ou você joga fora essa droga e não a põe nunca mais na boca ou você não joga no meu time!”. Jesus tem o direito de fazer a mesma coisa. Você que está à frente do seu ministério de música tem o dever de fazer isso também: seja um treinador severo, como aquele treinador de vôlei.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
Fonte:
http://www.cancaonova.com/

sábado, 29 de agosto de 2009

Músico católico: quem ele deve imitar?

Creio firmemente que todos os seres humanos tem vocação musical. Uns em maior ou menor grau revelam-se ao longo da vida. Isso é baseado nas minhas observações e experiência. Já vi aqueles ditos desafinados tornarem-se cantores depois de muito estudo e dedicação. Mas vamos ao ponto. O que leva alguém a ser músico? Obviamente há muitas respostas.
Para mim é o modelo. Explico: quantos de nós vendo um cantor ou instrumentista já nos deparamos com o desejo de cantar ou tocar como ele? Como acontece com o futebol onde as crianças se espelham no Romário, Ronaldinho, etc. Vejo esse processo na música.
Quando adolescente me causou impacto ver o guitarrista de uma banda ao vivo tocando em um show. Pensei: quero ser como ele.
Quando me converti e me dispus a tocar e cantar na igreja não havia modelos na época. Sequer havia música católica disponível. Então deparei com algo que marcou minha vida para sempre.
"Imitai a Deus, visto que sois filhos que ele ama." (Ef. 5,1)
Era isso! O Músico católico tem outro modo de se relacionar com as pessoas e os demais. Tem que perseguir esse ideal: quando toquei ou cantei quantas pessoas viram a Deus em mim? Quantas curas, milagres e prodígios da parte de Deus foram manifestadas?
Os que acompanham meu ministério podem confirmar. Os elogios a minha pessoa passam desapercebidos. Entram por um ouvido e saem pelo outro. Persigo a ação e obra do Espírito de Deus em meu tocar e cantar.
"Entoai juntos salmos hinos e cânticos inspirados: cantai e celebrai o Senhor de todo o vosso coração." (Ef. 5,19)
Davi quando jovem estava a serviço do Rei Saul pois sua música acalmava o coração atormentado do Rei. É o melhor exemplo que conheço nas escrituras para alertar-nos. Davi o futuro Rei se tornou servo do Rei de então como músico pelo seu modelo de despojamento e canal da graça de Deus em seu ministério. Davi deve ser sempre nosso modelo de músico e de filho de Deus.


Fonte: Portal Kairós
Autor: Magrão - Banda Nova Geração

sábado, 22 de agosto de 2009

A postura do músico

Inicialmente ao falar de postura é preciso avaliar locais, situações, ocasiões. A palavra significa posição do corpo ou parte dele; atitude. Logo, podemos ir além da postura e falar de comportamento que vem a ser o conjunto de reações de um indivíduo.
Habitualmente o que se espera de um ministro de música na igreja é que tenha um comportamento adequado e um movimento de acordo com o ambiente em que está; incluindo bom senso principalmente.
É um tanto complexo falar de posturas e comportamentos, pois se questiona o que é certo e errado, conceitos chegam às pessoas como julgamentos. Não é esse o objetivo desse artigo. Na verdade é apenas para relembrar que é preciso ter uma postura nas celebrações. Lembrar que servimos a Deus, e a igreja é um local sagrado que exige respeito, silêncio, atenção, levar o povo a rezar, celebrar com os momentos de festa, enfim ser instrumento para Aquele que nos colocamos a serviço. Isso inclui um comprometimento, não apenas nos finais de semana, ou durante a celebração, mas está no agir diário de ser cristão em qualquer local e situação.
Durante as celebrações, é bom lembrar, inclusive, que o ministro de música canta com a comunidade e não para a comunidade, o que temos aí uma diferença. O músico, neste caso, tem como missão levar as pessoas a celebrarem e não assistirem uma apresentação musical. Aliás, podemos citar muitas paróquias em que o grupo de canto apenas canta para si mesmo, e a comunidade só assiste. No caso da Santa Missa, o centro é o Cristo, os animadores devem partilhar da canção com povo. Se os cânticos forem novos, ensaiar com a comunidade antes da celebração seria uma boa idéia, mas não cantarem apenas músicas conhecidas por eles (os músicos) e deixar o povo apenas de expectadores/ouvintes.
Algo de suma importância é um bom diálogo com o celebrante, o padre! O sacerdote deve saber as partes da liturgia que foram preparadas para serem cantadas (Glória, Salmo, Santo, Pai-Nosso, Cordeiro), saber os cânticos escolhidos (Entrada, Oferenda, Comunhão, Final) e certamente tais cantos devem estar de acordo com o rito do dia.
Há um grande número de jovens participando de grupos de cânticos nas missas, é belo vê-los presente, mocinhas, rapazes, é nossa igreja amanhã, pais e mães em um futuro próximo, porém esse é o momento de catequizá-los. Deixar os chicletes, blusinhas curtas, decotes, transparências e shorts curtinhos para outros ambientes. Convenhamos que não seja a melhor opção em uma celebração Eucarística e dentro de uma igreja.
Outro detalhe que é necessário citar é a altura dos instrumentos musicais nas celebrações, às vezes estão tão alto que não se escuta letra, o grupo e a comunidade. Instrumento é acompanhamento na celebração. Deve-se ter bom senso quanto a isso, não adianta muito barulho onde se celebra a palavra cantada.
Vale lembrar que conversas paralelas durante a celebração, mesmo que sejam sobre as músicas escolhidas, tons, etc., não é correto. Uma boa dica é marcar um dia e horário para discutir sobre as leituras, os cantos apropriados e os tons das canções. Na hora da celebração certamente não é o mais coerente. No caso de uma extrema necessidade, usar de discrição seria o mais viável.
Durante a execução dos cantos, também existe uma forma de se portar. A postura de nosso corpo deve estar de acordo com aquilo que se canta. A expressividade é um todo. Além das técnicas aplicadas ao canto, também é importante observar como se apresentar, como transparecer nossa essência, como sorrir e respondemos a essa expressividade. Ao cantar, os olhos, o corpo, a face corresponde ao que a música representa em nós e procura-se através das canções levarem pessoas a Deus!
“A harmonia dos sinais (canto, música, palavras e ações) é aqui mais expressiva e fecunda por exprimir-se na riqueza cultural própria do povo de Deus que celebra”. CIC 1158
Colocar um dom à disposição da igreja é colocar sua vida em serviço. Que saibamos estar inteiros em nossa missão, fazendo de nossa música uma música voltada para o Cristo e levando nossos irmãos a celebrar em harmonia com nossa expressão.

Karla Fioravante
Cantores de Deus - São Paulo-SP