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sábado, 30 de maio de 2009

Convicção do chamado e responsabilidade da missão

"Não fostes vós que me escolheste, mas eu vos escolhi"

Precisamos ter bem nítida em nossa mente a certeza de que o Senhor nos colocou em posição de destaque e de grande responsabilidade diante de Seu povo. Para isso, basta nos lembrarmos rapidamente de toda a história da salvação e de toda a iniciativa do Senhor para, movido por imenso amor e misericórdia, trazer para Si as pessoas tantas vezes ingratas, desobedientes e infiéis. Depois de Jesus Cristo e em Jesus Cristo, o Pai confiou a nós o anúncio da Boa Nova. É por este motivo que nos deu o Seu Espírito Santo e espera uma resposta positiva e eficaz. Já encontrei irmãos que não se deixavam guiar por Deus em seu ministério por causa de seus pecados e suas imperfeições, às vezes por uma grande carga de acusação, e outras, por seus traumas e complexos. De nada adianta nossa eleição e a confiança que o Senhor tem em nós se não vencemos esses obstáculos e, com toda a alegria e esperança, nos lançamos em Seu serviço. Pare um pouco e pense: Deus erra? Em algum momento da história o Senhor cometeu erros? Então, será que sua eleição foi o primeiro "erro" de Deus? Claro que não, meu querido irmão. Você é mais um acerto, um "goool" de Deus. Ele o conhece, deu-lhe dons e talentos e agora lhe dá o privilégio e a graça de colocá-los a seviço de Sua Igreja. Claro que você tem imperfeições e pecados, mas coragem!!! Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Seu pecado não é maior do que o poder e a graça de Deus. Se ele o escolheu, também o capacitou.

Do livro: Ministrando a Música - Luiz Carvalho

sábado, 23 de maio de 2009

A música aproxima o homem de Deus

Mensagem de João Paulo II aos músicos em 19 de Março de 2005

Publicamos a mensagem que João Paulo II dirigiu aos participantes no encontro internacional "UNIV2005" em 19/03/2005, sobre o tema: "Projetar a cultura: a linguagem da música". Em nome do Papa, o texto foi lido na sala Paulo VI do Vaticano pelo arcebispo Leonardo Sandri, substituto da Secretaria de Estado.

Queridos irmãos!

1. Estou muito feliz de dirigir as boas-vindas a todos vós, que haveis vindo de diferentes partes do mundo para participar do encontro anual da UNIV. A cada um, saúdo com afeto, e vos convido a aproveitar vossa estadia em Roma para crescer no conhecimento e no amor de Jesus Cristo. Saúdo os que vos acompanham, de maneira especial saúdo o bispo prelado do Opus Dei, Dom Javier Echevarría Rodríguez, que participa em vosso encontro. Através dos estudos universitários, vós vos comprometeis em construir uma nova cultura, respeitosa da verdade do homem e da sociedade. Neste congresso internacional, enfrentais precisamente o tema "Projetar a cultura", concentrando-o na linguagem da música.

2. A música, como todas as linguagens artísticas, aproxima o homem de Deus, que preparou para aqueles que o amam "o que nenhum olho viu, nenhum ouvido ouviu, nem o coração do homem chegou" (1 Cor 2, 9). Mas, ao mesmo tempo, a arte pode transmitir às vezes uma concepção do homem, do amor, da felicidade que não corresponde com a verdade do desígnio de Deus. É necessário, portanto, realizar um sadio discernimento. Repito-vos o que escrevi aos jovens de todo o mundo na mensagem para a próxima Jornada Mundial da Juventude: "Não creiais em ilusões e modas efêmeras que não poucas vezes deixam um trágico vazio espiritual" (número 5). A vós, queridos jovens, toca também renovar as linguagens da arte e da cultura. Comprometei-vos, portanto, por cultivar em vós a valentia para não aceitar comportamentos e distrações que estejam caracterizados pelos excessos e o ruído.
3. Como se recorda nas numerosas atividades de formação promovidas pela Prelatura do Opus Dei sob a guia de vosso prelado, cada pessoa, de qualquer condição e estado, está chamada a encontrar-se com Cristo na própria existência, cada dia. A vocação dos fiéis leigos, sabeis bem, consiste em tender para a santidade, animando de forma cristã as realidades temporais. Então, queridos estudantes e professores universitários, o trabalho e o estudo podem ser para vós, como gostava de repetir São Josemaría, "uma contínua oração, com as mesmas palavras entranháveis, mas cada dia com música diferente. É missão nossa transformar a prosa desta vida em decassílabos, em poesia heróica" (São Josemaría Escrivá, "Surco", n. 500). E Maria Santíssima ajude-vos a encontrar seu Filho Jesus na liturgia desta Semana Santa e nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Que a Virgem, mãe de Deus, mulher eucarística, conduza cada um de vós à alegria do encontro com Cristo.
Com estes sentimentos, abençôo todos vós e vossas famílias, e vos transmito de coração meus fervorosos auspícios para a Santa Páscoa.

Vaticano, 19 de março de 2005
Papa João Paulo II

sábado, 16 de maio de 2009

O que é necessário para entrar no ministério de música?

"É preciso ter dois ouvidos: um para a música e outro para Deus."

Certo dia, um amigo que gostava muito de música e frequentava a paróquia e o grupo de oração perguntou-me: "O que é necessário para entrar no ministério de música?". Apesar da pouca experiência como ministro de música, a resposta me veio logo à boca: "É preciso ter dois ouvidos: um para a música e outro para Deus".
Muitas pessoas admiram o ministério de música por alguns motivos, tais como: o poder que a música tem de envolver os nossos sentimentos e prender a nossa atenção; a beleza dos cânticos e dos sons dos instrumentos; o estar "à frente" diante do grupo de oração; entre outros. E muitas dessas pessoas desejam também fazer parte desse ministério.
O primeiro passo a dar é saber se temos o "dom". As pessoas já nascem com ele e durante sua vida o aperfeiçoam, principalmente no que diz respeito ao cantar. É importante verificar se temos noções de ritmo, melodia, afinação, tanto para cantar quanto para tocar. Nesse caso, chamo essas características de "ter ouvido para a música".
Como é precioso, e até mesmo necessário, entrar numa escola e estudar música, aprender e aperfeiçoar o instrumento, conhecer e aplicar técnicas vocais, etc. Se você tem condições de frequentar essas aulas, não perca tempo, invista nisso. Devemos dar o melhor para Deus. Pratique muito, ensaie, amplie o seu repertório, aprenda novas canções, enfim, invista no dom. O dom de Deus cresce em nós à medida que o praticamos.
Até aqui, demos um passo quando descobrimos que somos músicos. No entanto, para ser ministros [de música] precisamos ter ouvido para Deus. Assim como o nosso ouvido precisa estar afinado para a música, como servos de Deus, ele também precisa estar afinado para a voz do Senhor. Servimos ao Rei dos reis e por isso precisamos escutar o que Ele tem para nos dizer, Suas ordens, Seus desígnios e desejos.
Como ter um ouvido para Deus e aperfeiçoá-lo? Através da oração. Somente com uma contínua e crescente vida de oração seremos capazes de nos tornar íntimos do Senhor, escutar a Sua voz e permitir que Ele nos use de acordo com Sua vontade. Por isso, da mesma forma que você estuda a música, tenha uma vida de oração.
De músicos o nosso mundo está cheio, homens e mulheres de vozes belíssimas que nos encantam com suas canções, que causam nossa admiração ao tocarem instrumentos, mas não preenchem nosso coração, pois essa ação somente Deus pode realizar.
A natureza nos deu dois ouvidos, que seja um para a música e outro para Deus. Esse é o ministro de música!

Deus os abençoe,
Com orações,

Emanuel Stênio
Comunidade Canção Nova

sábado, 9 de maio de 2009

Para tocar a "música do céu"

O músico precisa ter cuidado para não se preocupar somente com a música ou com a técnica musical; deve buscar um equilíbrio em sua caminhada, deixando que o Espírito conduza sua vida ao deserto, para provação e libertação e, em seguida, o mesmo Espírito o conduza para o meio do povo, a fim de libertar e curar através da música.
Muitos músicos ainda não foram "aprovados" no deserto, estão sendo reprovados diante das provações e tentações; não se entregaram à graça do Espírito Santo para vencer o pecado.
No entanto, se preocupam em estar no meio do povo, mas sem consciência de que sua presença não tem autoridade diante do demônio e, muito menos, sua música pode libertar alguém. A maioria dos músicos precisa ser liberta para depois sair e ajudar as pessoas a se libertarem.
Como ajudar alguém a sair do adultério se nós não conseguimos sair?
Como ajudar alguém a se libertar dos vícios, se ainda não vencemos essa tentação em nossas vidas? Como falar em roubo, masturbação, mentira, irresponsabilidade, se no deserto nos entregamos a tudo isso? O músico precisa ter equilíbrio e estar aberto para as libertações que Deus precisa fazer nele. Muitos querem tocar para Deus todo o tempo que puder. Porém, não entendem que a verdadeira música do céu não pode ser tocada sem o Espírito os conduzir ao deserto. É no deserto que Ele os liberta dos males e dos pecados, lhes dá a vitória sobre o inimigo e, em seguida, os conduz a fazer um "barulho de Deus" nos corações das pessoas.
Nos grupos de oração, o músico pode até tentar exorcizar com seu canto, mas o que faz a diferença é se ele já foi aprovado no deserto. Caso não, as pessoas vão embora no mesmo estado em que entraram no grupo.

sábado, 2 de maio de 2009

Música católica na evangelização!

A música católica é uma ponta de lança na evangelização. E por ser ponta fina, penetrante, abre brecha e não há nada que a ela resista. Com a música vem o poder de Deus e essa ponta de lança penetra os corações mais endurecidos. Não são apenas emoções que a música produz, mas é o poder de Deus, a presença do Espírito Santo e dos anjos através da música. Na música de Deus estão os anjos, que vão nessa ponta aguda de lança. Eles penetram os corações. Não é a beleza do encadeamento dos acordes, é o poder de Deus, são os próprios anjos que vão abrindo o coração daqueles que a escutam. Depois que a ponta da lança entrou, o resto entra. Até mesmo a lança inteira, como aconteceu no coração de Jesus. A ponta da lança entrou e inteira se cravou: abriu uma brecha no coração de Jesus. E essa brecha estará aberta eternamente. Por isso, a música não pode ser levada de qualquer jeito. A música prepara o ambiente para a ação do Espírito Santo, para povoar o lugar onde a música de Deus é cantada com a presença dos anjos. Quando se canta a música de Deus, os anjos vem, cantam, louvam! Enquanto houver adoração e louvor de homens, vão acontecer louvor e adoração de anjos. Haverá um espírito de louvor e de adoração. Haverá poder de Deus sobre aquelas pessoas e elas serão tocadas. O poder de Deus se manifesta. “Entoai juntos salmos, hinos e cânticos inspirados; cantai e celebrai o Senhor de todo o vosso coração”. (Ef 5,19) O Senhor sabe muito bem o efeito que a música tem sobre nós. Muitas vezes, no Antigo e Novo Testamento, a ordem de Deus é: “Cantai ao Senhor um canto novo”. (Sl 96,1) Existe uma “Canção Nova”, uma música nova, que é do homem novo, da nova criatura, do mundo novo. É a música de Deus que faz novas todas as coisas. Existe igualmente uma “canção velha”, a música do homem velho, da velha criatura. Se a “Canção Nova” faz um grande bem, se constrói em nós o homem novo, a música velha é sempre um estrago, é um elemento destruidor do homem novo. Na vida do homem novo só há lugar para “canção nova”. A música velha, mundana, alienante, sensual e provocadora só pode ser desterrada. Para não guardar material explosivo, será necessário selecionar os CDs, DVDs de música desse tipo. Por causa de nossa vida cristã precisamos ter a mente e os pensamentos de Cristo. É impossível implantar a mente e os sentimentos de Cristo no terreno cheio de lama de uma música mundana. Fomos feitos para cantar a glória de Deus. Precisamos ensaiar desde agora. Há pouco tempo de ensaio. Logo, logo, o Maestro virá e não tardará!
Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova