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sábado, 31 de julho de 2010

Uma Igreja de canto e música

“Recitai uns com os outros salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor em vosso coração”. Ef 5,19

“Quem canta reza duas vezes”.

Gostaria de partilhar e apresentar a todos um pouco do valor que a Santa Igreja tem quando falamos de música e canto no seu interior. Dessa forma trago um pouco daquilo que de forma brilhante nos é apresentado por intermédio do Catecismo da Igreja Católica. Quero principalmente nesse despertar a todos a um maior estudo do assunto elevando-os a um aprendizado belo e significativo.
Então quero destacar três critérios principais: A beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembléia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade e trazem como objetivo principal a glorificação de Deus e depois a santificação dos fieis.
Dessa forma o canto popular religioso será inteligentemente incentivado a fim de que as vozes dos fieis possam ressoar nos pios e sagrados exercícios e nas próprias ações litúrgicas, de acordo com as normas e prescrições das rubricas. Todavia os textos destinados ao canto sacro hão de ser conformes à doutrina católica, sendo até tirados de preferências das Sagradas Escrituras e das fontes litúrgicas.
Temos uma ampla bagagem, aqui não nos é permitido fazer de qualquer maneira, mas precisamos estar embasados num contexto religioso. A Igreja não nos deixa jogado as beiras e perdidos, mas também precisa começar em nós o desejo do conhecimento para que os objetivos possam ser alcançados.
Mais uma vez digo precisamos professar nossa fé nos mínimos detalhes e veja bem ministros de música sua responsabilidade é grande, mais também bela e sublime. Para ser ministro de música na Igreja Católica é preciso está disposto ao aprendizado e principalmente repleto de coragem.
Que Deus possa abençoar a todos e força, somos capazes de sempre darmos mais para que os fieis experimentem Deus na sua essência e sobre sua beleza.

Sérgio Dias

sábado, 24 de julho de 2010

Ministério de Música: Missão mais que possível

Para você o que é ministério de música?
Pois bem, está no ministério de música é algo primordial no que se diz respeito a vontade de Deus para aqueles que estão discernindo a de fato estar nele. E se você é o predileto a estar exercendo essa função, então é hora de arregaçar as mangas e se posicionar à frente da tropa para uma total entrega a batalha, a missão e a vontade de Deus para sua vida.
Todos os serviços dentro da nossa maravilhosa Igreja são belos, de suma importância, mas ser ministros de música tem uma missão diferenciada, especial. Existe uma grande missão na qual como ministro de música tem que tomar muito cuidado, a Glória, a alta valorização da imagem em outras palavras a falta de humildade e o desvio da via do aprendizado; O ministro de música nunca pode esquecer que é sempre um homem em formação, sempre está aprendendo, seja esse aprendizado no meio espiritual, humano e técnico. Quero contar um fato que vejo e que tomo como exemplo ante a via que me leva a sempre ser dependente de Deus como ministra de música.
Ressalto um conto onde menciono a anjo lúcifer que com divina perfeição coordenava o coro dos anjos celeste e por descuido, prepotência, alto suficiência se dispersou ante sua nobre missão e foi seguir uma via diferente, na qual desejava assumir o lugar mais nobre nos planos de Deus, o fim você já sabe... Mas isto não é uma historia distante de nós, não estou dizendo que queremos ser maiores que Deus e que tão pouco seremos decaído, não, nada disso, estou querendo enfatizar a grande seriedade que envolve essa missão de servimos a Deus por meio do nosso canto, do soar de nossas notas. Na nobre missão de sermos canais da graças Deus deseja contar conosco como via salvífica de tantas almas que não o conhece. Não somos nós, mas sim a pura ação do Espírito Santo pairando em nossos corações. Eis a grande verdade que deve está em fundamentada em nosso coração.
Daí fica a perguntar por que Deus quis usar a música? Não sei se você já passou pela experiência de escutar uma pessoa uma pessoa tocando de forma esplêndida um instrumento, ou melhor, muito ungindo ou cantando até mesmo uma música antiga e você sentir uma emoção, algo que mexe no profundo da sua alma; É Deus querendo falar ao teu coração e Ele quis usar esse recurso, assim como poderia usar centenas de outras maneiras, vias outras formas; Deus utiliza de varias formas, sinais para chegar a sua alma, para te exortar, para falar que deseja ser presente em ti, ser centro de sua vida, Deus não é mal educado, não vai berrar no seu ouvidos, Deus é simples, por isso confia aos ministros de música novas melodias, um novo canto. Precisamos escolher em simplesmente ser músico, ou abraçar o chamado se conciliar técnica, vida de oração e humildade encarnada, ser homem nos planos de Deus em poucas palavras ser “ministros de música”.
Enfim, seu ministério, sua vocação como músico é para Deus, por Deus e em Deus para que ele seja sempre o motivo do seu servir; Nunca podemos esquecer o ministro de música nasceu para servir, para estar à frente da batalha e com certeza seu ministério é uma missão mais que possível.
Viva a música de Deus!

Katiane Silva

sábado, 17 de julho de 2010

Missa não é show

“O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis” (Catecismo da Igreja Católica, n. 1157).
Não pretendo fazer aqui um tratado de liturgia, apenas darei algumas dicas sobre a postura do ministério de música em animações litúrgicas, especialmente nas Celebrações Eucarísticas.
Na Santa Missa, o presidente é o sacerdote; portanto, antes de toda e qualquer celebração, converse com o padre e exponha o que o ministério preparou em unidade com a equipe de liturgia.
Sei de toda a complexidade e até das diferentes interpretações sobre a liturgia que alguns padres dão; em todo o caso, vale a máxima: “Quem obedece não peca”. Portanto, consulte-o e obedeça-lhe.
Se você tiver conhecimento o bastante sobre o assunto e abertura com o sacerdote, poderá defender sua opinião; o diálogo nos faz crescer. Mas converse em outro momento, não poucos minutos antes do início da celebração.
Na Celebração Eucarística, a música deve contribuir para o engrandecimento e a profundidade dos momentos litúrgicos; por isso, cada canção precisa se encaixar com o momento certo e acompanhar os tempos litúrgicos.
Santa Missa não é show! Não chame a atenção do povo para si ou para seu grupo musical. Na Eucaristia, Jesus é o centro. Não desvie a atenção das pessoas com “caras e bocas” durante a interpretação de uma música, nem na execução de um solo instrumental. Tampouco converse durante a Celebração Eucarística, escolha antecipadamente as músicas e seus respectivos tons. Se houver extrema necessidade de algum diálogo, faça-o da forma mais discreta possível. Nada mais desagradável do que um ministério se entreolhando com ar desesperado, de: “Qual a próxima música?” ou “Qual o tom?”.
Não use, durante a Missa, roupas com cores fortes ou estampadas, a não ser que você seja convocado de surpresa e não tenha condições de se trocar. Também não use, de jeito nenhum, roupas sem mangas, decotadas, transparentes ou bermudas durante a Celebração Eucarística.
Escolha os cânticos de acordo com as leituras e o tempo litúrgico. Não se pode cantar os “hits”, a não ser que se encaixem com o tema da celebração.
Peça aos músicos que toquem de forma harmônica e com um volume que favoreça a oração. Já vi muitas vezes sacerdotes e até bispos serem “martirizados” pelo alto volume dos instrumentos, inclusive da bateria, montados a menos de um metro de seus ouvidos, em palcos pequenos.
Não use a harmonia mais complicada que você sabe tocar. Nas celebrações, precisamos ajudar o povo a rezar as canções. Acordes muito dissonantes não são os mais indicados nessas ocasiões. Cuidado para não fazer das Missas uma “válvula de escape” para seu desejo de tocar no “Free Jazz Festival” ou no barzinho mais “out” de sua cidade.
Ensaie com os fiéis antes da Missa. Ensine-lhes os cânticos novos e motive-os a rezar com eles.
Algumas fórmulas da Santa Missa, como o “Cordeiro de Deus”, não podem ser modificadas. Estude liturgia! Em liturgia não dá para improvisar.
Não queira ser um ministro de música “garçom”, que apenas serve aos outros o banquete. Participe ativamente de cada momento da Celebração, sente-se à mesa. Você também é um “feliz convidado para a Ceia do Senhor”.
Se você é animador de música na liturgia, não multiplique as palavras. Não queira fazer uma homilia a cada música, nem queira roubar o papel do comentarista.

Luiz Carvalho - luizcarvalho@recado.org.br
Fundador da Comunidade Recado - www.recado.org.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor à Virgem Mãe de Deus: é a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: "O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual".
Carmelo (em hebraico, "carmo" significa vinha; e "elo" significa senhor; portanto, "Vinha do Senhor"): este nome nos aponta para a famosa montanha que fica na Palestina, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada pelo primeiro numa pequena nuvem (cf. I Rs 18,20-45). Estes profetas foram "participantes" da Obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveram (século XII) da perseguição dos muçulmanos, chegaram fugidos na Europa e elegeram São Simão Stock como seu superior geral; este, por sua vez, estava no dia 16 de julho intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-lhe: "Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será preservado do fogo eterno".
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: "Devemos colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo - e ainda - escapulário não é 'carta-branca' para pecar; é uma 'lembrança' para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte". Neste dia de Nossa Senhora do Carmo, não há como não falar da história dos Carmelitas e do escapulário, pois onde estão os filhos aí está a amorosa Mãe.

Oração á Nossa Senhora do Carmo
Ó Santíssima Imaculada Virgem Maria, ornamento e glória do Monte Carmelo, Vós que velais tão particularmente sobre os que trazem vosso sagrado Hábito, velai também, bondosa, sobre mim, e cobri-me com o manto de Vossa maternal proteção. Fortalecei minha fraqueza com o Vosso poder, e dissipai, com a Vossa luz, as trevas do meu coração.
Aumentai em mim a fé, a esperança e a caridade. Ornai minh’alma com todas as virtudes, a fim de que ela se torne sempre mais amada de Vosso Divino Filho. Assisti-me durante a vida, consolai-me com a Vossa Amável presença na hora da morte, e apresentai-me à Santíssima Trindade, como Vosso filho e fiel servo Vosso, para que eu possa louvar-Vos eternamente no Céu.
Assim seja.
(3 Ave-Marias, 1 Glória)

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

sábado, 10 de julho de 2010

O músico é chamado a movimentar a Igreja

Acreditamos que a palavra que transforma o coração pode produzir em cada pessoa uma melodia diferente. A intensidade da melodia é o coração que determina; o timbre é o coração que oferece. Harmonizando tudo isso, teremos uma canção de Salomão, uma canção de subida aos Céus.
Leia este pequeno fragmento do Salmo 127, deixando o seu coração cantar por meio dele:

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guarda a cidade, debalde vigiam as sentinelas. Inútil é levantar-vos antes da aurora, e atrasar até alta noite vosso descanso, para comer o pão de um duro trabalho, pois Deus o dá aos seus amados até durante o sono" (SI 127,1-2)

É Deus quem constrói a casa. É Ele quem edifica a Igreja, os movimentos e o seu ministério. Contudo, queremos nos deter na ferramenta usada pelo Senhor para construir Sua obra.
No Antigo Testamento, Deus escrevia suas leis em tábuas. Porém, com a vinda do novo Adão, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Todo-poderoso passou a escrever Suas leis em tábuas de carne, isto é, em nosso coração. A tinta usada por Ele é o Sangue de Cristo, e o pincel (ou seja, a ferramenta) é o próprio Espírito Santo. Sendo assim, podemos dizer que sem o Espírito Santo toda construção estaciona, por mais que o homem humanamente esteja correndo.
O músico é chamado a movimentar a Igreja, mas só conseguirá fazê-lo se estiver vivendo sob o movimento do dedo de Deus, ou seja, sob a ação do Espírito Santo. Deus usa o dedo do Espírito Santo para movimentar o coração do homem que, humildemente, se prostra, esperando, em primeiro lugar, amar e ser amado pelo construtor.
Tocar as notas de uma construção melódica já não é o mais importante. Nessa peça ou construção musical, o mais importante é estar com Deus, escutando o Músico dos músicos tocar, e assim, seguindo a partitura que o próprio Deus construiu, saber o momento de tocar e como tocar. Nessa obra, o essencial é silenciar o coração. É necessário muita atenção para não nos perdemos na grande partitura da vida.
Santo Agostinho nos ensina que o Espírito Santo é a "Alma da Igreja", e o que faz no corpo do homem, o Espírito Santo faz no corpo da Igreja. No Vaticano II foi salientado que o amor que se tem pela Igreja é diretamente proporcional ao amor que se tem pelo Espírito Santo, pois Ele é a alma da Igreja.
Daí, podemos explicar a negligência dos músicos para com a Igreja, isto é, esses músicos não possuem experiência com o Espírito Santo, consequentemente não amam seu ministério, através do qual participam do Corpo místico de Cristo, que é a Igreja. De fato, podemos dizer que nossa parte na construção da obra se encontra basicamente em viver sob o fogo do Espírito Santo.
O músico precisa pedir a efusão do Espírito Santo diariamente, para que o amor pela obra não se acabe. Devemos ser apaixonados pelo Espírito Santo e, consequentemente, apaixonados pela Igreja.

sábado, 3 de julho de 2010

Experimente silenciar!

Olá, galera! Paz e bem! Um dos grandes erros que cometemos, nos dias de hoje, no que diz respeito ao seguimento de Cristo e até mesmo ao exercício de alguma função é o não saber silenciar.
Você já parou para pensar como facilmente perdemos a concentração? Qualquer barulho, por mais simples que seja, nos tira o foco, chama a nossa atenção e nos desvia do objetivo.
Já não bastasse essa tendência natural, o mundo também tem nos estimulado nisso, pois tudo é muito “barulhento”: as músicas, os carros, a rua. Não “escutamos o silêncio”, não ouvimos a voz da natureza, não ouvimos nem mesmo o irmão que está ao nosso lado, que mora conosco, que trabalha no mesmo departamento, e ainda mais: não ouvimos a voz de Deus, que fala no silêncio. Já percebeu que quando chegamos em casa a primeira coisa que fazemos é ligar o televisor ou o aparelho de som?
Se não soubermos silenciar, não escutaremos a voz de Deus, não escutaremos o irmão, não escutaremos nem mesmo a nossa consciência, e é nesse ponto que o erro acontece, erro que pode modificar uma vida inteira.
Ah, como seria bom se aprendêssemos a silenciar, como fazem os monges, os eremitas, os santos, os estudiosos, os místicos! Homens e mulheres que se refugiam em locais especiais, que de especial estes têm o silêncio, a natureza, a solidão. E quando não há ninguém por perto encontramos a Deus, encontramos a nós mesmos, encontramos a todos.
O silêncio é a primeira canção que o ministro de música precisa ouvir. Saber conviver com a solidão é sinal de maturidade espiritual.
A princípio não é fácil lidar com o silêncio, temos dificuldades. Mas isso é de se esperar, pois não estamos acostumados. No entanto, com disciplina e perseverança, tornamos o que não é natural em algo espontâneo.
Experimente silenciar. Deus abençoe.
"Tamu junto"!

Emanuel Stênio
Missionário e músico da Canção Nova