A presente festa, ainda imbuída do espírito de Natal, encena a apresentação de Jesus ao Senhor Deus (Evangelho), conforme prescrevia a lei judaica para os primogênitos masculinos (cf. Ex 13,11-16). ( Nos tempos pré-históricos, a consagração do primogênito pode até ter sido um sacrifício humano; o episódio do sacrifício de Issac mostra que a religião abraâmica teve de abolir o sacrifício dos primogênitos). Na lei de Moisés o primogênito masculino “pertence ao Senhor”, mas pode ser resgatado mediante um sacrifício, originariamente um cordeiro ou, no tempo de Jesus, um pagamento de cinco moedas de prata.A apresentação da criança ao santuário era facultativa; quem o faz dá prova de ser judeu “piedoso”. A apresentação, no caso de Jesus, se realizou no quadragésimo dia, coincidindo com a apresentação da mãe, igualmente uma instituição antiquíssima (cf. Lv 12,1-8). O sacrifício da purificação era um cordeiro de um ano, e uma rola ou pombinho em sacrifício “pelo pecado” – mancha, impureza ritual do sangue. No caso de pessoas podia ser substituído por um par de rolas ou pombinhos. É o que Maria ofereceu.
Na ocasião desta apresentação e purificação, um piedoso ancião profetiza o papel messiânico de Jesus, atribuindo-Lhe os títulos “luz das nações” e “glória de Israel”: Ele é o salvador dos pagãos e do povo de Israel, concebido conforme a ideia de que Israel seria o centro a partir do qual brilhasse a glória para iluminar as nações.
O templo, habitação do Senhor, ocupa, nesta apresentação, um lugar central. Por isso, a primeira leitura é o texto de Ml 3, que descreve a visão escatológica da visita de Deus a Seu templo. No deserto, o Senhor descia à Tenda da Aliança, na nuvem. No tempo messiânico – assim espera o profeta – sua presença já não estará envolta em nuvem: seria a glória manifesta, iluminando o mundo a partir do templo. Para Lucas, a existência de Jesus é a realização desta visita.
Além desse augúrio messiânico, o mesmo Simeão anuncia também que a existência de Jesus será um sinal de contradição e uma espada há de atravessar o coração de Sua mãe. Em redor d’Ele se manifestarão os pensamentos profundos dos corações humanos; por causa d’Ele os homens hão de se dividir em pró e contra.
A segunda leitura insiste no fato de que Jesus assumiu plenamente nossa humanidade. Por Seu esvaziamento na encarnação e no sofrimento, o Filho de Deus cumpriu a vontade do Pai, que assim quis conduzir muitos filhos à glória. Assumindo nossa existência e morte, Jesus tornou-se o sumo sacerdote fiel e misericordioso, aquele que santifica nossa existência e reconcilia nossos pecados. Já éramos filhos de Deus, mas agora o somos de modo renovado, puro, porque o Filho, que é o santo, nos fez entrar na comunhão com o Pai.
Peçamos a graça, nesta festa, de nos deixarmos levar pela Mãe de Deus – que também é nossa mãe – até o Coração de seu Filho Jesus. Ao apresentar Jesus no templo, Maria nos apresenta com tudo o que temos e somos.
Padre Pacheco
Comunidade Canção Nova
www.cancaonova.com
Na ocasião desta apresentação e purificação, um piedoso ancião profetiza o papel messiânico de Jesus, atribuindo-Lhe os títulos “luz das nações” e “glória de Israel”: Ele é o salvador dos pagãos e do povo de Israel, concebido conforme a ideia de que Israel seria o centro a partir do qual brilhasse a glória para iluminar as nações.
O templo, habitação do Senhor, ocupa, nesta apresentação, um lugar central. Por isso, a primeira leitura é o texto de Ml 3, que descreve a visão escatológica da visita de Deus a Seu templo. No deserto, o Senhor descia à Tenda da Aliança, na nuvem. No tempo messiânico – assim espera o profeta – sua presença já não estará envolta em nuvem: seria a glória manifesta, iluminando o mundo a partir do templo. Para Lucas, a existência de Jesus é a realização desta visita.
Além desse augúrio messiânico, o mesmo Simeão anuncia também que a existência de Jesus será um sinal de contradição e uma espada há de atravessar o coração de Sua mãe. Em redor d’Ele se manifestarão os pensamentos profundos dos corações humanos; por causa d’Ele os homens hão de se dividir em pró e contra.
A segunda leitura insiste no fato de que Jesus assumiu plenamente nossa humanidade. Por Seu esvaziamento na encarnação e no sofrimento, o Filho de Deus cumpriu a vontade do Pai, que assim quis conduzir muitos filhos à glória. Assumindo nossa existência e morte, Jesus tornou-se o sumo sacerdote fiel e misericordioso, aquele que santifica nossa existência e reconcilia nossos pecados. Já éramos filhos de Deus, mas agora o somos de modo renovado, puro, porque o Filho, que é o santo, nos fez entrar na comunhão com o Pai.
Peçamos a graça, nesta festa, de nos deixarmos levar pela Mãe de Deus – que também é nossa mãe – até o Coração de seu Filho Jesus. Ao apresentar Jesus no templo, Maria nos apresenta com tudo o que temos e somos.
Padre Pacheco
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