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sábado, 28 de novembro de 2009

Cada artista deve ter a consciênica de que é instrumento

Um autêntico amor ao Evangelho nunca nos deixa inertes. A Boa Nova é, antes de tudo, “amor em ato”, e como tal não paralisa o homem, mas o move a amar. As palavras do Evangelho sempre nos colocam diante de uma realidade de amor, quer seja quando é Cristo quem ama quer quando Ele nos prova, com Sua vida, que precisamos amar.
A arte é a maneira mais bela que o homem encontra para agir. Ela é – ou deveria ser – fruto de um movimento que, iniciado no amor, torna-se o ápice da expressão e da comunicação humana. Se hoje a arte se desvia do seu fim de levar as pessoas a uma experiência com Deus, é porque está ferida na sua essência, que deveria ser sempre o amor.
Em qualquer uma de suas manifestações: pintura, dança, música, teatro…, a arte é a maior manifestação da beleza que pode nascer no coração de alguém; enquanto o Evangelho é a maior prova de amor que Deus pôde dar aos homens: Cristo no meio de nós! Estes dois “movimentos”: o Evangelho e a arte, põem a humanidade em evidência e nos levam a perceber que tudo ganha um novo sentido quando gerado no amor. O Evangelho já traz em si a plenitude do amor, que é Jesus Cristo, porém, a arte nem sempre tem o amor como impulso inicial.
A verdadeira arte é o Evangelho encarnado de forma bela pelo homem. Primeiro, o artista recebe um dom de Deus, depois precisa amar esse dom e, por fim, usá-lo em prol da evangelização. Muitas vezes, costuma-se inverter essa ordem e, ao usarmos o dom antes de amá-lo, estaremos oferecendo aos homens algo que o mundo e o pecado também podem oferecer: uma arte indiferente, que nega ou esquece o amor. As pessoas precisam de uma arte nova, santa, essencialmente evangélica, que as convença de que não há nada melhor do que “viver de amor”.
Antes de tudo, a arte precisa ser amada, depois exposta. O próprio Papa João Paulo II nos motiva a empenharmos todas as forças em favor do “Belo Amor”, da construção da beleza como reflexo de Deus para o mundo. É preciso, de fato, nos movermos nessa direção amorosa que a Igreja nos aponta. A arte é capaz de movimentar o amor no homem, amor este que é a raiz do Evangelho. Se a arte não for feita por amor a Cristo e à Sua Boa Nova, em vão será todo esforço por ela. A Pessoa de Jesus é a inspiração dessa arte santa para os homens. É por amor a Ele e ao Seu Evangelho que se deve fazer toda manifestação artística.
Quando a inspiração artística provém de um coração cheio de amor ao Evangelho, consegue inflamar muitos outros corações com esse mesmo amor. Deus se mostra a nós de forma bela e, assim, leva-nos a uma verdadeira experiência com Ele.
Cada artista deve ter a consciência de que é um instrumento, porque, na verdade, é Deus o Autor de todo o bem que a arte comunica. O Criador não apaga a participação do artista, apenas a esconde, porque sabe que o mundo não necessita da arte nem do artista, mas do amor que se esconde em ambos.
O artista, ao fazer-se “veículo” de evangelização, encarna o que diz São Paulo: “Com efeito, o anúncio do Evangelho que efetuamos entre vós não ficou em discurso, mas manifestou o poder, a ação do Espírito Santo e uma realização maravilhosa” (I Tessalonicenses 1,5).
Quando, como artistas, estivermos fazendo a nossa arte remeter a humanidade ao Evangelho, estaremos, de fato, abrindo caminhos para que Deus realize grandes prodígios no coração do Seu povo.

Cristiano Pinheiro C. Bedê
Responsável pelo Ministério de Música Missionário Shalom

domingo, 22 de novembro de 2009

Santa Cecília - Padroeira dos Músicos

Hoje celebramos a santidade da virgem que foi exaltada como exemplo perfeitíssimo de mulher cristã, pois em tudo glorificou a Jesus. Santa Cecília é uma das mártires mais veneradas durante a Idade Média, tanto assim que no século V uma Basílica foi construída em seu nome.
Embora se trate da mesma pessoa, na prática fala-se de duas santas Cecílias: a da história e a da lenda.
A Cecília histórica é uma senhora romana que deu uma casa e um terreno aos cristãos dos primeiros séculos. A casa transformou-se em igreja que se chamou mais tarde Santa Cecília no Trastévere; o terreno tornou-se cemitério de São Calisto, onde foi enterrada a doadora, perto da cripta fúnebre dos Papas. No século VI, quando os peregrinos começaram a perguntar quem era essa Cecília cujo túmulo e cuja inscrição se encontravam em tão honrosa companhia, para satisfazer a curiosidade deles, foi então publicada uma Paixão, que deu origem à Cecília lendária; esta foi sem demora colocada na categoria das mártires mais ilustres.
Segundo o relato da sua Paixão Cecília tinha sido uma bela cristã da mais alta nobreza romana que, segundo o costume, foi prometida pelos pais em casamento a um nobre jovem chamado Valeriano. Aconteceu que, no dia das núpcias, a jovem noiva, em meio aos hinos de pureza que cantava no íntimo do coração, partilhou com o marido, com transparência, o fato de ter consagrado sua virgindade a Cristo e que um Anjo guardava sua decisão.
Valeriano, que até então era pagão, a respeitou, mas disse que somente acreditaria se contemplasse o Anjo. Desse desafio Cecília conseguiu a conversão do esposo que foi apresentado ao Papa Urbano, sendo então preparado e batizado, juntamente com um irmão de sangue de nome Tibúrcio. Depois de batizado, o jovem, agora cristão, contemplou o Anjo, que possuía duas coroas (símbolo do martírio) nas mãos.
O Anjo colocou uma coroa sobre a cabeça de Cecília e outra sobre a de Valeriano, o que significava um sinal, pois primeiro morreu Valeriano e seu irmão por causa da fé abraçada e logo depois Santa Cecília sofreu o martírio, após ter sido presa ao sepultar Valeriano e Tibúrcio na sua vila da Via Ápia. Colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses ou morrer, escolheu a morte. Ao prefeito Almáquio, que lembrava Cecília que tinha sobre ela direito de vida ou de morte, respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida". Almáquio condenou-a a morrer asfixiada; como ela sobreviveu a esse suplício, mandou cortar-lhe a cabeça.
Nas Atas de Santa Cecília lê-se esta frase: "Enquanto ressoavam os concertos profanos das suas núpcias, Cecília cantava no seu coração um hino de amor a Jesus, seu verdadeiro esposo". Estas palavras, lidas um tanto por alto, fizeram acreditar no talento musical de Santa Cecília e valeram-lhe o ser padroeira dos músicos.
Hoje essa grande mártir e padroeira dos músicos canta louvores ao Senhor no céu.

Santa Cecília, Rogai por nós!

sábado, 21 de novembro de 2009

Vencendo as barreiras do chamado

Nós todos sofremos quando estamos caminhando ao encontro da nossa caminhada espiritual, quando buscamos atender a vocação do nosso chamado. Com certeza todos nós temos um chamado específico do Senhor e que é confirmado ao longo da nossa dedicação através do Espírito Santo.

As barreiras
Quanto mais tentamos caminhar em direção da realização do chamado, mais resistências nos opõem. Existem resistências que vem dos nossos familiares, colegas de trabalho, pessoas da própria comunidade, lideranças, amigos. Existem pessoas que resistem ao nosso chamado por nossa aparência, nosso passado, nossas fraquezas e também existem pessoas que resistem por ciúmes, invejas…

Aprendendo com Davi
Olhando para o início do chamado do rei Davi, podemos ver que ele passou por várias barreiras antes de permitirem que ele lutasse contra Golias. Ele enfrentou seus irmãos, autoridades e Saul, que era o rei. O que eles argumentavam é que Davi era muito jovem, inexperiente e incapaz, alguns julgavam pela aparência, outros por ciúmes. Mas Davi ignorou todas as críticas e se manteve firme em seu propósito.
Devemos ter a consciência que a unção, o chamado, é uma escolha divina, é inquestionável. Deus faz como Ele quer, com quem Ele quer, não importa se somos merecedores, dignos aos olhos humanos, ninguém sabe explicar, é vontade de Deus. Ele próprio inverte as ordens, muda de posição. As pessoas próximas, autoridades e até familiares de Davi diziam que ele era incapaz de vencer o filisteu e ele provou com a vitória, com a vida a unção que o Senhor havia lhe concedido.
Como Davi, temos que nos desviar dos que não aceitam a unção de Deus em nossas vidas, e todo pensamento que roube a convicção da unção sobre nós. Se estivermos enfrentando resistências, busquemos mais ainda servir ao Senhor e agradá-Lo em tudo, em todos os aspectos de nossas vidas e deixemos o próprio Senhor dará testemunho de nós através de nossos frutos.

Nadia Taboas é membro da Renovação Carismática Católica Latina de Massachusetts (EUA)

sábado, 14 de novembro de 2009

Cantai um cântico novo, tocai com arte para o Senhor!

“Somos ministros de música porque deixamos primeiramente Deus ministrar em nós.”

Para que Cristo seja o nosso canto é preciso ter um bom conhecimento dele. Como cantar se não conheço a música?
Para que se cante um canto novo é necessário ouvir uma nova música. Aí reside a dinâmica da nossa vida de oração, que nos mostra a todo instante as características daquele a quem precisamos imitar: Jesus Cristo!
Somos ministros de música porque deixamos primeiramente Deus ministrar em nós. Somos profetas de Cristo!


Atos 19, 13-16
O silêncio vai muito além do fato de calar-se, simplesmente. É uma prática de ouvir, a Deus, a si mesmo e aos irmãos. A intimidade com Deus não nos permite ser omissos. É preciso descobrir a diferença entre ouvir e escutar.
Se na teoria musical existe a percepção musical, na vida espiritual também se faz necessária esta percepção; percepção de Deus é fundamental! Podemos ouvir muitas coisas, mas escutar exige um certo esforço, requer atenção e prioridade. A voz de Deus é um sussurro, é necessária habilidade na percepção.
A vida de oração é como um estúdio que nos prepara para ouvirmos a Deus em qualquer lugar ou circunstância. Deus nos fala através de tudo! O único poder que deve ter a nossa arte é o de transmitir o poder ilimitado de Deus. Somos chamados a levar o Senhor e não a nós mesmos naquilo que professamos através do canto.
Desafinamos muito mais pela incoerência de vida que pela voz, pelo instrumento. E o fato de desafinarmos com nossa vida pode trazer graves conseqüências para o Corpo de Cristo que é a Igreja. O ministro de música, para cantar de forma agradável aos ouvidos de Deus, precisa saber combinar na sua vida. Assim como acontece na música, sons e silêncios. E este é sempre um grande exercício a ser praticado por nós.

Serviço é antes de tudo disposição. Desejo de amar a Deus acima do amor ao canto.

Por: Luciana Fontenele

sábado, 7 de novembro de 2009

O ponto fraco do músico

"São muitos os nossos pontos fracos, primeiro, porque antes de sermos músicos, nós somos pessoas. E todos os pontos fracos de uma pessoa estão contidos também em um artista que é músico.
É importante que estejamos atentos a isto. Porque o fato de fazermos o que fazemos, que é realizar a missão de músicos no seio da Igreja, não nos faz melhores nem imunes às tentações e dificuldades que as pessoas geralmente têm. Então, o ponto fraco do músico é o pecado que nos ronda o tempo todo, de modo especial, por causa da sensibilidade de artistas que temos.
A nossa fraqueza é ainda mais latente, porque nos envolve uma realidade de uma sensibilidade antes de um show, de uma apresentação, depois de um show ou depois de cantar na Santa Missa. Estamos propensos por causa da fraqueza do nosso coração.
Então cuidado! Esteja zeloso, atento e principalmente, viva reconciliado. Porque é inevitável que nós pequemos; mas, por outro lado, nós temos um Advogado, um Deus que é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.
Cada vez mais, estou convencido de que a grande graça para nós é a de não pecar. Mas, se pecarmos, precisamos nos reconciliar imediatamente com Deus e com os irmãos, para que o canal de comunicação, de evangelização, que é composto por cada um de nós, não seja obstruído pelas conseqüências do nosso pecado."

Eugênio Jorge
Missão Mensagem Brasil