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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Católico de verdade, começa o ano indo a Santa Missa. Não começa o ano fazendo simpatias, nem pulando onda, nem tampouco começa o ano com o pé direito. Quem entra o ano com um pé só é o saci. Católico que é católico entra no ano que há de vir com os dois pés dentro da Igreja. E se você foi a missa no dia de hoje, provavelmente ouviu o padre falar que o primeiro dia do ano se homenageia Santa Maria Mãe de Deus. Mas qual a origem dessa festa? Vale a pena frisar que a Solenidade da Santa Maria Mãe de Deus é a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Começou em Roma mais ou menos no século VI, provavelmente junto com a dedicação – em 1º de janeiro – do templo “Santa Maria Antiga” no Foro Romano, uma das primeiras Igrejas marianas de Roma.
Vemos o quanto essa festa é antiga ao visitar as catacumbas romanas. Nelas vemos a inscrição Maria, Mãe de Deus” (Theotókos). Eram nessas catacumbas onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa em tempos das perseguições.
Mais adiante, o rito romano celebrava em 1º de janeiro a oitava de Natal, comemorando a circuncisão do Menino Jesus. Depois de desaparecer a antiga festa Mariana, em 1931, o Papa Pio XI, com ocasião do XV centenário do Concílio de Éfeso (431), instituiu a Festa Mariana para em 11 de outubro, em lembrança deste Concílio, onde se proclamou solenemente Santa Maria como verdadeira Mãe de Cristo, que é verdadeiro Filho de Deus; mas na última reforma do calendário – após o Concílio Vaticano II – se transladou a festa para 1º de janeiro, com a máxima categoria litúrgica, de solenidade, e com título da Santa Maria, Mãe de Deus.
Desta maneira, esta Festa Mariana encontra um marco litúrgico mais adequado no tempo do Natal do Senhor; e ao mesmo tempo, todos os católicos começam o ano pedindo o amparo da Santíssima Virgem Maria. Mas o que aconteceu neste Concílio de Éfeso?
Bom, no ano de 431, o herege Nestorio se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando:
“Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que lhes atribui uma mãe aos deuses”. (palavras de Nestório o herege)
Ante isso, reuniram-se os 200 bispos do mundo em Éfeso – a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos – e iluminados pelo Espírito Santo declararam:
“A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”. (Concílio de Éfeso)
E acompanhados por toda a multidão da cidade que os rodeava levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando:
“Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém”. (Concílio de Éfeso)
Do mesmo modo, São Cirilo da Alexandria ressaltou:
“Será dito: a Virgem é mãe da divindade? A isso respondemos: o Verbo vivente, subsistente, foi engendrado pela mesma substância de Deus Pai, existe desde toda a eternidade… Mas no tempo ele se fez carne, por isso se pode dizer que nasceu de mulher”. (São Cirilo de Alexandria)

Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!

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