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sábado, 30 de outubro de 2010

A importância da Intercessão para os Ministros de Música

A ação de qualquer pessoa, se "interpondo", podemos chamar e entender como "intercessão".
O intercessor se coloca no meio de duas pessoas, em uma briga, por exemplo, e como um advogado, tenta separá-los e promover a reconciliação entre ambos.
Você já deve ter vivido algum caso parecido na sua infância... Em toda turma de escola existe um colega que é motivo de zombaria durante um longo período de tempo por todos da classe. Meu coração sempre ficava partido quando isso acontecia em meus tempos de colégio, porque sempre sabia o que os "garotões" faziam com os pobres "meninos ingênuos". Nossa vontade sempre é de nos colocarmos no meio, de usarmos da força para empurrar aqueles rapagões e proteger a "presa", correto?
Através deste fato, podemos entender um pouco melhor o que são e o que fazem os intercessores, principalmente dentro de um ministério de música. O intercessor se coloca no meio. É a pessoa que vai até o Senhor e reza diante Dele.
Qual a real atitude de um intercessor? Ele é alguém que "se move para o meio"... O próprio verbo MOVER faz supor a ação de alguém que se comove com a situação. Ele se condói. Dói também nele. Ele sofre junto...
Como no exemplo da nossa infância (acima), nosso coração fica partido com toda a situação porque precisávamos fazer algo para ajudar o colega em aflição:
"Não! Este garoto vocês não machucam! Podem me bater, machucar, mas este vocês não pegam!".
Esta é a atitude do intercessor diante das necessidades das pessoas, colocando-se entre Deus e a pessoa, exercendo o papel de um advogado. É desta maneira que ocorre em um júri: o réu não pode dizer nada. Quem fala em seu nome é sempre o seu advogado.
O mesmo acontece dentro do ministério de música ou até mesmo em qualquer ministério da Igreja, principalmente os que são ligados às artes. Por serem "frentes de toda a batalha", há a necessidade de pessoas que façam a "ligação" entre a evangelização e a vontade do Senhor, barrando qualquer ação contrária ao momento.
Os intercessores não sabem falar, não sabem o que fazer, não sabem como advogar a causa. A Carta de Romanos nos revela: "Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus" (Rm 8, 26 - 27). Com estes ensinamentos da Palavra de Deus, começamos a ampliar nosso conceito de intercessor. O Espírito Santo é o verdadeiro intercessor; um poderoso intercessor. "Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza...".
Nós vimos a fraqueza de nosso "colega", o Espírito viu a nossa fraqueza e veio em nosso auxílio. Ele vem ajudar as nossas fraquezas. A oração do Espírito Santo em nós é intercessão. Ele louva, adora, proclama e também pede em nosso favor.
Deixe-se conduzir pelo Espírito Santo e experimente a graça de ser um intercessor!

Santa Cecília, rogai por nós!
Rafael de Angeli
rafael@canaldagraca.com.br
Coordenador do Ministério de Música e Artes (RCC) da RP2 - Diocese de São Carlos - SP

sábado, 23 de outubro de 2010

Evangelização e música

O maior desafio hoje, na evangelização, é expressarmos o belo por meio da música. O belo que traduz a imagem de Deus, não a pessoa que evangeliza; é esse Deus que estamos cantando. Quando você diz: "Para Deus tem de ser o melhor!", as pessoas possuem boas referências para dar o melhor na Igreja.
Houve uma evolução importante que automaticamente é um clamor da sociedade em ouvir algo com mais qualidade e buscar um trabalho aprimorado.
O sucesso é quando você mostra esse Deus que você vivenciou e vivencia a cada dia. Precisamos ter o cuidado na gana de gravar um CD sem ter uma experiência anterior. Que não usemos da música para o nosso "eu", mas para que esse dom chegue ao outro transcendendo a sua vida. Que a sua evangelização seja calcada no respeito, no perdão, na partilha e na capacidade de estar com o outro, observando-o e sendo, com ele, o espelho de Deus em nossa vida.
Que você tenha a capacidade e a esperança de ser mais, de fazer mais e transformar a vida das pessoas ao seu redor com o seus atos, sonhos, atitudes e com a verdadeira essência de ser você, mostrando quem é Deus em todos os lugares em que você está.
Muita fé e coragem! Estamos juntos na evangelização!

Karla Fioravante
Cantores de Deus

sábado, 16 de outubro de 2010

O músico e a espiritualidade

Como podemos nós músicos querer que a graça de Deus aconteça nas nossas vidas, se não buscamos um aprofundamento na oração. Deus nos espera em todos os momentos, Ele sempre está de braços abertos para nos acolher e nos amparar.
Um músico temente a Deus, tem que buscar diariamente seu momento de intimidade com Deus. Penso que não podemos ser hipócritas no nosso ministrar. Temos que cantar para os nossos irmãos e irmãs, um amor que experimentamos diariamente, ou, como poderíamos dizer que é bom, se na verdade não conhecemos esse amor que queremos anunciar. A grande falha de muitos músicos que ministram o louvor na Igreja, é pensar que sozinhos conseguem tudo, e que a oração é apenas no momento da celebração eucarística.
Para ser um ministro realmente dedicado com as coisas de Deus, temos que buscar sempre a confissão, temos que estar em adoração ao santíssimo o máximo que pudermos, temos que ter bem claro que a missa dominical é o nosso grande alimento espiritual, temos que estudar a Palavra de Deus e temos que conversar diariamente com Deus, pedindo à Ele, unção, humildade, discernimento e sabedoria.

Deus abençoe sua vida e sua família.
Abraços.
Thiago Aguiar

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

Com muita alegria nós, brasileiros, lembramos e celebramos solenemente o dia da Protetora da Igreja e das famílias brasileiras: Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem seu início pelos meados de 1717, quando chegou a notícia de que o Conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, Governador da Província de São Paulo e Minas Gerais, iria passar pela Vila de Guaratinguetá, a caminho de Vila Rica, hoje cidade de Ouro Preto (MG).
Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba. Desceram o rio e nada conseguiram.
Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem sem a cabeça, logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a cabeça, em seguida lançaram novamente as redes e desta vez abundantes peixes encheram a rede.
A imagem ficou com Filipe, durante anos, até que presenteou seu filho, o qual usando de amor à Virgem fez um oratório simples, onde passou a se reunir com os familiares e vizinhos, para receber todos os sábados as graças do Senhor por Maria. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil.
Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).
No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas.
O Papa Pio X em 1904 deu ordem para coroar a imagem de modo solene. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor. Grande acontecimento, e até central para a nossa devoção à Virgem, foi quando em 1929 o Papa Pio XI declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus.
Em 1967, completando-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário de Aparecida a Rosa de Ouro, reconhecendo a importância do Santuário e estimulando o culto à Mãe de Deus.
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários Redentoristas e dos Senhores Bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, sendo o "maior Santuário Mariano do mundo".

Consagração a Nossa Senhora Aparecida
Ó Maria Santíssima, que em vossa Imagem de Aparecida, espalhai inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos servos, mas cheios do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostado aos vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre pense nos amor que mereceis; consagro-vos a minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas.
Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos servos; acolhei-nos debaixo de vossa proteção; socorrei-nos em todas as nossas necessidades espirituais e temporais, e sobretudo na hora de nossa morte.
Abençoai-nos, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nessa nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade. Assim seja.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!

sábado, 9 de outubro de 2010

Lidando com as divisões no Ministério de Música

Aprendemos com o padre Jonas Abib que somos um só corpo. Se adentrarmos o contexto no qual está inserida a realidade de um corpo, poderemos concluir que um corpo saudável precisa ter seus órgãos, membros, corrente sangüínea, coração, ondas cerebrais, tudo funcionando em um nível mínimo de harmonia, suficiente para que ele sobreviva e se sinta saudável.
Assim, podemos dizer, é o nosso ministério de música. Nele temos a cabeça, os outros membros, órgãos vitais, partes internas que nunca aparecem ou são expostas, enfim, cada um tem a sua função e formas bem definidas.
Quando alguma coisa não funciona bem neste "corpo" ou quando algo está fora do lugar, nós abrimos brechas que podem trazer sérios problemas para a saúde do nosso ministério.
Quando sentimos alguma dor, é necessário parar o que estamos fazendo, ir ao médico e verificar as causas da dor. Isto fará com que tenhamos o diagnóstico e, em seguida a receita certa para combatermos a doença e, conseqüentemente, seremos aliviados de toda dor.
Aqui é preciso esclarecer algo muito importante: o nosso ministério não pode ser rico em divergências, senão ele será um corpo doente, onde por alguma razão os órgãos não funcionam como deveriam, onde um problema segue outros secundários. O nosso "corpo" é por si só rico em diversidades. Como dissemos, cada órgão, parte, membro, tem sua forma e função específica, e por isso, são diferentes.
As diferenças são riquezas e não barreiras. Partindo delas, encontraremos o melhor caminho para a unidade. Respeitando quem pensa diferente, acolhendo quem tem a coragem de questionar e, em conjunto discernir, com muita oração, o melhor caminho. Se isso acontecer, não daremos lugar à divisão, mas valorizaremos a nossa diversidade.
Somos um corpo. Dentro de um corpo não pode haver divisões, pois a nossa divisão vem do diabo e a nossa diversidade vem de Deus!
A harmonia no corpo é obra do Espírito Santo de Deus! Por isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo.
Que o Espírito Santo ilumine e abençoe o seu ministério!
Unidos pela missão!

Márcio Todeschini
Ministério de música Canção Nova
www.cancaonova.com

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Como começar a compor músicas cristãs?

Dunga partilha sua experiência como músico católico e dá dicas sobre como compor.

Para os músicos que estão começando a compor:
A primeira coisa é ter uma experiência com a Palavra de Deus, pois ela é o norte para toda composição. Existem pessoas que fazem músicas de poesia, mas a música cristã forte é aquela que narra a Palavra de Deus de uma maneira artística.
Aí você junta essa experiência que você tem com a Palavra de Deus com a experiência que você tem em ouvir pessoas, nas situações que você passou. É esse tipo de música que realmente faz a diferença na vida das pessoas. Você precisa compor aquilo que você vive, em conseqüência, vai cantar aquilo que você compôs e viveu.
Tudo isso colocado em um momento de show ou em uma missa ou grupo de oração, vai trazer muito mais verdade para as pessoas. Porque a música não é somente uma criação do intelecto, mas que passa pela inteligência, pela experiência de vida e pelo seu contato pessoal com Deus.
Por que algumas músicas são ícones, são cantadas por tantas bocas, em tantos lugares e marcam a nossa vida? Como as músicas de Padre Zezinho, de Padre Jonas, Martín Valverde, Ricardo Sá, Eugênio Jorge...
Por que algumas músicas calam no coração do povo?
Isso acontece porque existe uma vivência espetacular e que foi traduzida em música e isso é o que vale.
Você que está compondo ou começando a compor, pedindo este dom a Deus, saiba que se você viver a Palavra de Deus, vai compor bem. Mas, se você não viver aquilo que compõe, será só poesia... e o que muda a vida das pessoas é a Palavra de Deus, só o seu contato pessoal com ela poderá fazer isso acontecer."

Dunga
Comunidade Canção Nova

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Santa Faustina, rogai por nós!

A misericórdia divina revelou-se manifestamente na vida desta bem-aventurada, que nasceu no dia 25 de agosto de 1905, em Glogowiec, na Polônia Central. Faustina foi a terceira de dez filhos de um casal pobre. Por isso, após dois anos de estudos, teve de aplicar-se ao trabalho para ajudar a família.
Com dezoito anos, a jovem Faustina disse à sua mãe que desejava ser religiosa, mas os pais disseram-lhe que nem pensasse nisso. A partir disso, deixou-se arrastar para diversões mundanas até que, numa tarde de 1924, teve uma visão de Jesus Cristo flagelado que lhe dizia: "Até quando te aguentarei? Até quando me serás infiel?"
Faustina partiu então para Varsóvia e ingressou no Convento das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia no dia 1 de agosto de 1925. No convento tomou o nome de Maria Faustina, ao qual ela acrescentou "do Santíssimo Sacramento", tendo em vista seu grande amor a Jesus presente no Sacrário. Trabalhou em diversas casas da congregação. Amante do sacrifício, sempre obediente às suas superioras, trabalhou na cozinha, no quintal, na portaria. Sempre alegre, serena, humilde, submissa à vontade de Deus.
Santa Faustina teve muitas experiências místicas onde Jesus, através de suas aparições, foi recordando à humilde religiosa o grande mistério da Misericórdia Divina. Um dos seus confessores, Padre Sopocko, exigiu de Santa Faustina que ela escrevesse as suas vivências em um diário espiritual. Desta forma, não por vontade própria, mas por exigência de seu confessor, ela deixou a descrição das suas vivências místicas, que ocupa algumas centenas de páginas.
Santa Faustina sofreu muito por causa da tuberculose que a atacou. Os dez últimos anos de sua vida foram particularmente atrozes. No dia 5 de outubro de 1938 sussurrou à irmã enfermeira: "Hoje o Senhor me receberá". E assim aconteceu.
Beatificada a 18 de abril de 1993 pelo Papa João Paulo II, Santa Faustina, a "Apóstola da Divina Misericórdia", foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice no dia 30 de abril de 2000.

Santa Faustina, rogai por nós!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos.
Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a "Senhora Pobreza". Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: "Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?". Ele respondeu que ao amo. "Porque, então, transformas o amo em criado?", replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: "Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas".
Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes.
A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria... Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida.
Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224. Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas.
O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.

Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

domingo, 3 de outubro de 2010

O Músico e a Missa

A música, como já vimos em postagens anteriores, tem muitas funções na igreja e causa efeitos muito bons nas pessoas, como relaxamento, interiorização, motivação além de animar e aliviar o estresse. Isso é uma coisa boa, principalmente para quem se dispõe a evangelizar e ajudar as pessoas a se encontrarem com Deus através dessa arte e para e para o próprio músico que quer se encontrar com Deus. Sendo assim, cada um de nós, músicos religiosos, temos grande responsabilidade quando se trata do desempenho das nossas funções na Igreja. Porém, aqui podemos identificar um problema que frequentemente pode ser observado em nossas paróquias: há músicos que não participam da vida da comunidade, limitando-se ao dia em que vai tocar ou cantar a celebração. Este é um problema muito comum. Cada membro do grupo deve ter sua consciência. Desde o(a) coordenador(a) ao recém integrado.
Aprendemos desde a catequese (inclusive a crismal) que devemos participar das missas aos domingos e dias santos, (inclusive que se deve confessar para voltar a comungar, quando faltamos a uma missa). Mas quando estamos engajados parece que as regras são menos graves para nós. É justamente o contrário! Pois, "A quem muito foi dado, muito será cobrado". (Lc 12, 48).
Nada substitui a missa. Não se devem marcar ensaios, apresentações, animações de encontros etc, que venham a impedir a nossa participação na celebração mais importante para a vida do católico. independente do horário e do local (capela, outras paróquias, etc) que participe, desde que participe. Uma vez que a missão da música na liturgia é elevar a comunidade ao céu, devemos estar alimentados da graça, da palavra e da eucaristia para que isso aconteça.
Assim cada um de nós pode verdadeiramente oferecer o melhor que há em nós. Cada um de nós pode estar mais intimamente unido a Deus.
Que a nossa música seja grande ferramenta de evangelização, mas que seja somente um detalhe na nossa relação com Deus.

Abraço a todos

Fernando Lima

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

"Não quero ser santa pela metade, escolho tudo".

A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração - e o de todos nós - foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária "desde a criação do mundo até a consumação dos séculos". Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia "História de uma alma" e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.
Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de outubro de 1897 dizendo suas últimas palavras: "Oh!...amo-O. Deus meu,...amo-Vos!"
Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada "Patrona Universal das Missões Católicas" em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.

Novena das rosas com Santa Teresinha do Menino Jesus
Santissima Trindade, Pai, Filho e Espirito Santo, eu vos agradeco todos os favores, todas gracas com as quais enriquecestes a Vossa Serva Teresa do Menino Jesus durante os vinte e quatro anos que passou aqui na terra. Pelos meritos de tão querida santinha, vos pedimos ardentemente esta graca, se for conforme a Vossa vontade e salvacao de minha alma. (aqui, pede-se a graca a ser alcançada)… Reza-se vinte e quatro Glórias ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo e pede-se receber uma rosa, em sinal de que nosso pedido sera atendido.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nos!

Mês Missionário

No decorrer do ano litúrgico, a Igreja nos convida a rezarmos e refletirmos sobre diversas realidades, de modo que para cada mês sempre tem algo específico, como por exemplo, o mês de Maio, a quem dedicamos? A Maria, Junho? (Santos Populares), Agosto? (Vocação), Setembro? (Bíblia) e Outubro? Mês Missionário! É isso mesmo, o mês de outubro é o mês das Missões. Nele queremos refletir com especial enfoque no nosso compromisso de discípulos missionários (as) até os confins do mundo. Normalmente é produzido vários subsídios para ajudar as comunidades a viverem bem o mês missionário, como por exemplo, a Novena de da Festa de Nossa Senhora Aparecida, a qual estamos iniciando hoje, e traz por temas: Com Maria, discípula e missionária, escolhemos a vida, tem também , Vida para todos os povos, produzido pelas POM, quatro encontros um por semana, em forma de circulo bíblico - celebrações missionárias que ajudam a prepara-se para Campanha Missionária. Sendo que o dia 19 de outubro é o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES.
É no coração da humanidade que somos chamados a viver missionariamente o nosso batismo, pois dificilmente encontraremos outro caminho para viver este sacramento, a não ser pelas estradas missionárias, que nos levam a participar de maneira profunda e explícita da natureza da Igreja. Pois a Igreja é por natureza missionária.
Desde 1926, com a instituição do Dia Mundial das Missões pelo papa Pio XI, intensificou-se em toda a Igreja, e em todas as Igrejas particulares, o apelo de renovar e direcionar o próprio ardor e vida missionária para além das próprias fronteiras, em dimensão universal. A V Conferência do CELAM, realizado ano passado em Aparecida, fez um apelo forte, no sentido de que toda Igreja, todos os batizados, se tornem discípulos missionários de Jesus Cristo.
O papa Bento, em sua passagem por São Paulo, Aparecida, falou que são muitos os batizados, mas nem todos são evangelizados.
É mediante realidade como esta que devemos permitir que cresça em nós cada vez mais a consciência missionária. Neste sentido Dom Pedro Casaldáliga numa poesia orante, diz: “se sou batizado, sou missionário, se não sou missionário, não sou cristão”.
A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu em Pentecostes, diz o DAp 171, daí a grande importância da nossa participação na vida da comunidade, na caminhada da paróquia. A V Conferência Geral se considerou uma oportunidade para que todas as nossas paróquias se tornem missionárias DAp 173, se tornem centros de irradiação missionária, lugares de formação permanente (306) e fonte dinâmica do discipulado missionário DAp 172.
Hoje quando nos deparamos com a pergunta, qual o porquê de um mês missionário, iremos perceber que muito a Igreja já fez neste sentido, mas ainda tem muito mais para ser construído, pois novos desafios exigem novas respostas. Assim sendo, a vivência da missão vai bem além de um mês missionário, perpassa toda a vida da Igreja. Nesta ótica de que muito ainda temos para fazer, é que devemos acolher com carinho e determinação o Projeto Nacional de Evangelização, que foi recentemente aprovado pelo Conselho Permanente, trazendo como título: O Brasil na Missão Continental e o lema: A Alegria de ser Discípulo Missionário.
Para concluir esta simples e breve reflexão sobre o Mês Missionário, me aproprio das palavras de Dom Dimas, quando entrevistado recentemente pelo Católico News sobre a vida da Igreja Católica hoje no Brasil, ele dizia: “A Igreja Católica em nosso País sempre se caracterizou pela vitalidade e pelo o compromisso de tornar o Evangelho uma realidade na vida de nosso povo”.
Isto é viver nosso compromisso missionário.
Pe. José Altevir da Silva, CSSp
Assessor da Comissão Episcopal Pastoral
para a Ação Missionária e Cooperação Intereclisial.

Fonte: CNBB